A lista VIP tem servido para desmontar a utilidade de um Parlamento com 230 Deputados, onde cem seriam mais que suficientes para produzir algum trabalho válido.
O caso da lista VIP que anda rolando há um ror de dias é sinal evidente que há falta de assunto consistente e rentável para os portugueses.
Passa-se o tempo com qualquer ninharia tentando enganar o povo.
Logo em 1976, quando da primeira Assembleia Legislativa se viu que o número excessivo de Deputados e o tempo que naquela Câmara se passava a falar de tudo, menos do que era realmente importante, levou a que um Deputado do CDS desmascarasse, por várias vezes, as bancadas que utilizavam esse subterfúgio para não apresentar nada de útil ou porque não sabiam ou porque tinham ordens para o fazer, já que, Cunhal tinha garantido à jornalista Oriana Fallaci que nunca haveria um Parlamento em Portugal.
Vital Moreira, que nessa altura era um assanhado comunista, várias vezes em resposta ao Deputado do CDS e em pleno Parlamento afirmava que o próprio CDS estaria arrependido de ter escolhido o Deputado para o seu grupo e que não o devia voltar a convidar para as listas. O Deputado fez-lhe a vontade. Não voltou à tasca de S. Bento, como Humberto Delgado, desprezivelmente se referia à casa da Democracia, protetora dos mais bafejados pela fortuna e pouco se importando com os pobres.
Não sei mesmo como é possível estar ali, de corpo ao alto, sem qualquer utilidade e recebendo dez vezes o ordenado mínimo a que estão condenados pais de família com três e quatro filhos.
O General sem medo no livro “Da pulhice do Homo Sapiens” é taxativo:
“O povo soberano, pela boca do seu soberaníssimo parlamento cuspia, falava, berrava na grande fábrica da destilação de saliva que era S. Bento.”
E é isto que continua a acontecer. O povo não beneficia um cêntimo do palavreado do Galamba e dos outros Galambas que por ali se espojam nos cadeirões.
Humberto Delgado ao falar sobre a Primeira República, 1910-1926, diz:
“Como escrevia ao tempo o insuspeito sr. Brito Camacho, o país era um caos, ou como melhor diria o sr. António Maia, em linguagem parlamentar, era uma merda” e logo a seguir:
“Viu-se que a cooperativa de S. Bento só produzia saliva e som. Nem sequer aprovavam orçamentos, função primária dos parlamentos que não são tabernas”.
A abstenção nas próximas eleições alcançará a maioria.
O Parlamento como símbolo da Democracia pode ter os dias contados.
C.S
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