Vi, durante muitos anos, os Galegos que, com os barris de água às costas levavam água às casas de Lisboa.
O barril, muitas vezes comprado a fiado, era honrado pela palavra e, normalmente pago na semana seguinte.
A água puríssima saía do Chafariz d’el Rei, construção do século XIII, que bordeja o Bairro de Alfama, dava ao Galego que chegava a Lisboa, fugido das grandes dificuldades na sua terra, a possibilidade de refazer a vida.
Conheci muitos galegos que fizeram grandes fortunas ao transportar a água que nada mais lhes custava do que um dia de cansaço.
Do mesmo modo os chineses que vendiam gravatas tiveram grande sucesso em Portugal. Ainda há quatro anos fui encontrar um em Espinho onde tem um dos seus restaurantes.
A imaginação é pois uma fonte inesgotável de riqueza desde que a queiramos aproveitar.
Connosco trazemos a solução para todas as dificuldades se quisermos aproveitar a imaginação e a energia que arrebita o corpo.
Do nada podemos fazer dinheiro.
Os judeus, a partir de uma moeda de ouro, eram capazes de fazer fortuna. Hoje, como todas as moedas são serrilhadas, o sistema já não resulta.
Mas também não têm importância. O que dá gozo é vencer os obstáculos.
Muitos já não são do tempo dos cegos cantores que existiam por toda a Europa, cujas guerras e maus Governos espalhavam a miséria.
Os cegos ganhavam a vida cantando poemas que eles faziam sobre assuntos conhecidos, umas vezes relatando grandes feitos, outros as maiores desgraças.
Fazer bons poemas para canções é uma maneira de ganhar dinheiro. Mas devem-se evitar assuntos sem qualquer sentido. É fundamental aproveitar uma boa ideia para fazer uma boa letra que, cantada, faça ressaltar a harmonia, a delícia e a excitação nos ouvintes.
De um modo geral as nossas canções entre os anos vinte e os anos setenta do século passado eram muito agradáveis de ouvir e deram bons resultados para letristas e cantores.
Escrever livros é também uma fonte de rendimento que não requer mais do que lápis e papel para a primeira obra que proporcionará o dinheiro suficiente para o primeiro computador e para o sucesso.
Com o jornalismo sucede o mesmo. Se os jornais não aceitam a nossa colaboração sentados às suas secretárias e com ordenado certo, por que não tentar o jornalismo livre, o freelancer, que vagueando pelo mundo vende imaginação e acontecimentos pelos lugares onde se passa?
E podíamos escrever milhentas possibilidades de sair desta miserável e vil tristeza em que nos encontramos.
Se está desempregado e quer trabalhar, acredite em si. Vá à luta.
C.S
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