Durante a Primeira República e a Segunda (Estado Novo) era frequente e natural os portugueses jogarem à pancada, umas vezes a sério, outras para provarem que tinham força e se sabiam defender.
Nas brigas, entre adultos, polícia e Guarda Republicana não intervinham, a menos que alguém os chamasse, caso contrário desviavam-se do barulho, e eles e os assistentes, amigos de um e de outro, que se entendessem.
Em Tourém, dedo encravado em terras de Espanha, freguesia de Montalegre, o professor da Primária, hoje ensino básico, reunia os alunos, todos os domingos, à roda da bandeira e durante a manhã jogavam ao pau para aprenderem a defender-se dos espanhóis.
Contou-me o Sr. Freitas, que aí tinha nascido e vivido até que foi para a tropa, que a violência e a destreza com que manejavam o pau, raramente causava ferimentos graves, mas às vezes acontecia, um ou outro rachar a cabeça. Coisa pouca que o barbeiro cozia sem que a vítima lançasse uma lágrima. Os pais do rapaz ficavam orgulhosos do filho, e este, passadas umas semanas voltava aos treinos para enfrentar os espanhóis que nunca apareciam para o combate, mas que não faltavam para confraternizar, beber umas malgas de vinho verde e comer uns nacos de presunto.
Quando chegou o 25 de Abril as lutas abrandaram entre adultos; todos olhavam desconfiados para a confusão instalada e para o PREC, com muitas provocações dos troca-tintas, quando perto de militares armados, mas quando chegou o dia da verdade e a mostarda lhes tinha chegado ao nariz, o Cunhal e a gandulagem que o apoiava, imediatamente perceberam que enfrentar os militares de Jaime Neves com outros militares seria fácil, o problema era o povo que nunca venceriam.
Com a Democracia soft e o bullying macio, a rapaziada leva e geme.
O aranzel que jornais e televisões fizeram com uma luta de jovens, mostra bem que a falta de notícias motivantes de leitores é enorme.
Às ofensas que seis jovens dirigiram aos também jovens Iraquianos, um deles disse que até comia os dois. Eles fizeram-lhe a vontade. O efeito do álcool turvou-lhes o entendimento. O valentaço provocador levou poucas. Agora espera que o voluntarioso Ministro dos N.E o salve do vexame.
É desagradável para a vaidade portuguesa, que em Aljubarrota lutou numa proporção de um para sete, agora não aguentar dois pequenotes.
Muito pior que a dívida portuguesa é o orgulho ferido.
Anterior “Filipinas, a última frustração de Obama”
C.S
. Portugal, País de marinhe...
. Acredito na inteligência ...
. Todos mandam, ninguém se ...
. “Liga” perde combate na c...
. Em 146 a.C destruíram Car...
. O fim da guerra com estro...
. Estupidez criminosa alime...
. Tanto quis ser pobre, que...