Uma mulher bonita, jovem, inteligente, sorridente com a vida, desperta imediatamente um sentimento de confiança.
Há muitos anos escrevi que a nossa felicidade é fazer felizes os outros.
O amor desinteressado, a entrega total a quem sofre e precisa de ajuda é algo de muito belo e saudável.
Ao ver e ouvir Joana de Sá falar na "SIC", com toda a naturalidade, como vai para um teatro de guerra ao serviço dos outros há um orgulho imenso em que ela seja portuguesa e, por reflexo, pensamos que todos somos assim, o que infelizmente, não é verdade.
Joana Sá entrou em Gaza com escombros por todo o lado, mas no hospital para onde foi trabalhar e onde entravam, em média, 150 feridos por hora, as equipas não se queixavam do cansaço. Todos pretendiam aliviar o sofrimento de seres humanos que não podem ser tratados como vírus a eliminar.
Nos meus tempos de Liceu era frequente jogarmos à pancada uns com os outros, no final fazíamos quase sempre as pazes. Claro que alguns ficavam amuados e mesmo passados muitos anos ainda tentam vingar-se de alguma pancada mais forte.
Um desses meus amigos zangados é o escritor judeu Manuel Poppe. E eu que lhe acho muita piada, porque é um homem inteligente e bem-disposto faço sempre os possíveis para que ele se sinta vingado. Mas judeu não esquece.
Aqui há anos encontrei-o, por mero acaso, em Roma, onde ele era adido da embaixada Portuguesa e onde eu tinha uma lindíssima namorada italiana, pois o Manuel Poppe começou a gritar em italiano, como um capado, pela polícia, pois estava ali um bandido.
Aqueles tempos eram bem diferentes dos de hoje. Tudo é bullying, e os miúdos crescem fracotes.
Embora gostasse de jogar à pancada e às vezes chegavam-me a roupa ao pelo, sempre fui contra as forças militares e as guerras.
Mas adorava a Mocidade Portuguesa onde havia ordem e toda a qualidade de desportos para todos os jovens portugueses, brancos e pretos. Muitos pensavam que a instituição tinha um caráter militarista. Nada mais falso.
É por estes motivos que às vezes sou tão violento contra os senhores da guerra e das suas justificações para matar com tanta ou mais barbaridade do que fizeram Hitler, Estaline, Pol Pot e outra malandragem espalhada pelo mundo.
E eu que hoje tinha pensado escrever uma crónica virulenta contra a greve pateta dos enfermeiros que obriga à venda das unidades hospitalares a privados, não o consegui fazer por causa da enfermeira Joana de Sá que espero seja tão feliz toda a vida como todos aqueles que ela trata lhe desejam, aos quais também eu me associo.
C.S
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