Segunda-feira, 29 de Junho de 2015

Júlio Dantas "Arte de Amar" em Portugal

Quando vejo nos programas escolares as chuchadeiras aí colocadas como autores nacionais de leitura obrigatória para as vítimas da imbecilidade, penso muitas vezes porque acontece isto.

Criar o gosto pela leitura, que é o mesmo que abrir as portas do saber e do conhecimento tem de ser feito sempre com livros de conteúdo interessante, claros na escrita e perfeitos na forma.

Júlio Dantas teve desde sempre essa preocupação fossem livros em prosa, romances, ensaios, livros de poesia ou de teatro.

Uma das peças que mais foi representada em Portugal e em outros países foi “A Ceia dos Cardeais”. É uma peça pequena, de uma extrema suavidade que empolga o leitor ou o espetador.

Júlio Dantas tem o dom da escrita e excessivo amor por Portugal.

Nasce em 1876 em plena monarquia e morre em 1962 em pleno Estado Novo.

Na Monarquia escreve os primeiros livros e é eleito deputado.

Na Primeira República continua a escrever. É várias vezes Ministro e Deputado.

No Estado Novo preside à Comissão executiva dos Centenários e dirige a Exposição do Mundo Português que congrega todos os homens notáveis daquela época sem a preocupação se um pensava de uma maneira e outro de outra. Portugal estava acima de todas as dissensões.

A prová-lo está a atitude de Júlio Dantas para com Almada Negreiros que tinha sido de uma grosseria e violência escrita, distribuída, vendida, falada e representada no seu “Manifesto Anti Dantas” e a que ninguém ficou indiferente.

Júlio Dantas mostra a sua grandeza ao convidar Almada Negreiros para trabalhar na Exposição do Mundo Português.

Para ele a humilhação que tinha sofrido do multidimensional Almada Negreiros, que também era um génio, mas de carácter diferente. Era um espalha brasas com muitíssimo talento. Gostava de chamar a atenção sobre si.

Quem lê a “Arte de Amar” sente a suavidade do português, a sua inteligência, a sua delicadeza ao tratar da natureza humana.

Àqueles que gostam de escrever sugiro que leiam Júlio Dantas. Façam-no devagar, como quem saboreia o beijo da mulher amada; devagar, num prazer divino e inigualável onde todos os pontos e vírgulas estão no sítio e a alma sente-se marulhar no coração e nos braços da sensibilidade do mundo.

C.S

publicado por regalias às 05:51
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