CAPÍTULO QUINTO
O marido de Mariana regressou mais cedo de Inglaterra.
Esta, embora dormindo profundamente devido ao cansaço e ao prazer, levantou-se de um salto. Espreitou à janela. João de Brito arrumava o carro. Mariana correu para Daniel que dormia feliz. Antes de o acordar beijou-o. Abanou-o várias vezes. Entregou-lhe umas calças e uma camisa. Fez-lhe sinal para não falar.
- Tem aqui as chaves do meu carro. Saia por aquela varanda. Depressa que já o senti no átrio.
- Quem? Perguntou Daniel sem entender o que se estava a passar.
- O meu marido.
- Ele não estava em Inglaterra?
- Por favor Daniel faça as perguntas depois. Não. Não! Por aí não. Saia pela varanda. Leve as chaves do carro.
Daniel, de calças na mão, descalço, cabelo desgrenhado, cambaleante, só teve tempo de saltar o gradeamento. João de Brito acabara de entrar no quarto. Mariana escondeu a cara com os desalinhados lençóis enquanto o marido, de olhar desvairado, se dirigiu correndo para a varanda que tinha ficado aberta. João de Brito viu Daniel completamente nu, tentando nervosamente abrir a porta do carro de Mariana, sentar-se ao volante e arrancar em direção ao portão que estava fechado. O sangue toldou-lhe a vista. Correu à vitrina onde tinha as armas de caça. Carregou a Baikal que era a que lhe proporcionava o tiro mais longo. Voltou à varanda. Daniel tinha aberto os portões e preparava-se para entrar no carro. João de Brito atirou a matar sobre a cabeça, mas Daniel baixara-se instintivamente e estendeu-se dentro do carro. Os chumbos pontearam a porta, o tejadilho e o vidro de trás do carro. Daniel aterrado ainda olhou para a varanda e viu João de Brito atirar outra vez sobre os vidros. Acelerou rapidamente e desapareceu na primeira curva enquanto João de Brito disparava mais quatro tiros. Mariana, embora aterrorizada, correu para o marido e tentou desarmá-lo. Este deu-lhe uma violentíssima cotovelada no peito. Ela caiu desamparada no chão. João de Brito apontou-lhe a arma.
- Mata! Talvez seja a única coisa que saibas fazer bem além de contrabandeares marfim e ouro falso.
João de Brito pontapeou a mulher sem qualquer precaução. Estava fora de si. Mariana nua e ensanguentada cobria a cara com os braços, enquanto ele a tentava golpear a pontapés. Quando parou, Mariana disse-lhe em tom desprezível:
- Mata! Mata! Impotente! Incapaz! Infame! Sacia-te no ódio e na frustração!
Coloque a máscara. A insuspeita revista Lancet diz que, com vacina ou sem Vacina, o Covid anda por aí.
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