A primeira edição dos livros RTP saiu em 1970 ou 71 ao preço de 15 escudos ou seja, sete cêntimos e meio. Ao lançar esta segunda revoada a 10 euros cada, verificamos que o preço aumentou 133 vezes.
Não pretendo ser desmancha-prazeres, bem pelo contrário gostaria que esta nova coleção de 20 volumes chegue a uma quantidade significativa de leitores, o que não me parece possível.
O preço é excessivo e as bolsas estão vazias.
Os 100 livros da primeira coleção foram um sucesso. Neles encontramos escritores de todos os quadrantes. Desde Augusto de Castro com “As mulheres e as cidades”, Bernardo Gomes de Brito com a História Trágico-Marítima ou Bernard Shaw com “Pigmalião”
O Ministério da Educação Nacional e a Direção-Geral da Educação Permanente tinham antes e em paralelo publicado a Coleção Educativa que era composta por várias séries.
No chamado Plano de Educação Popular estava integrada a Campanha Nacional de Educação de Adultos.
Os temas, com vários volumes, versavam sobre Instrução Complementar; Educação Familiar; Educação Moral e Cívica; Educação física e Desportos; Aperfeiçoamento Profissional; Organização Corporativa; Previdência Social e Segurança no Trabalho; Agricultura e Pecuária; Recreio; Economia; Grandes Portugueses; Educação Sanitária.
Todos os temas tinham diversos livros com múltiplas edições. Eram enviados para escolas e Bibliotecas Públicas e vendidos em livrarias a um preço simbólico
Com a chegada do 25 de Abril, um dos muitos abortos que a Revolução produziu e que era Secretário de Estado mandou queimar todos os livros que possuíam as bibliotecas das Escolas porque em alguns deles havia uma frase de Salazar de incitamento ao trabalho ou de amor a Portugal e à sua fabulosa história.
O abrutalhado, que não valia um cabelo de Salazar, resolveu apagar quatro ou cinco linhas fazendo autos de fé de todos os livros. Aqueles que se salvaram, desaparecem imediatamente dos alfarrabistas e o preço tem oscilado entre os 5 e os 10 euros.
A ideia de uma segunda série de livros RTP é boa, o preço é exagerado quando uma das finalidades será incentivar o povo à leitura.
É bom não esquecer que entre o ler e o comer, a opção é a mais óbvia.
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C.S
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