Marcello Caetano não sabe como proceder e não deixa que as forças de segurança atuem.
As Brigadas Revolucionárias fundam o Partido Revolucionário do Proletariado.
Os trabalhadores agrícolas de Alpiarça fazem uma semana de greve.
A 24 de Novembro o Movimento dos Capitães reúne-se em São Pedro do Estoril e Melo Antunes aproveita o descontentamento provocado pelo Dec. Lei 353/73 para os incitar a fazer um Golpe de Estado, única maneira de terem as suas carreiras garantidas.
A independência das colónias vai ser pressionada por Melo Antunes, a quem Spínola, já depois do 25 de Abril, acusa de alta traição no livro “País sem rumo” página 301.
Em Dezembro, os capitães voltam a reunir em Óbidos para escolherem a Comissão Coordenadora do Golpe.
Marcello Caetano está informado de tudo o que se passa. Está cansado, está doente, não tem soluções.
As personalidades que convida para trabalharem consigo continuam a não aceitar servir Portugal.
A 22 de Dezembro de 1973, o Governo aumenta as Forças Armadas, mas, Melo Antunes, um sabujo ao serviço da URSS, e que estava referenciado nos arquivos da PIDE que desapareceram, já não deixa que a ideia do Golpe volte atrás para conceder a rápida independência às colónias como ele e Cunhal estavam mandatados para o fazer.
Os outros que atuaram da mesma maneira, o Soares, o Almeida, o Rosa Coutinho e outros menores fizeram-no por inconsciência, sem pensar nos crimes monstruosos cometidos depois da independência das colónias, apesar de Salazar e Marcello Caetano várias vezes terem referido que a Independência precipitada iria provocar grandes banhos de sangue.
Custa-me crer que o fizessem por malvadez como muitos daqueles que regressaram das colónias os acusavam.
Apesar da grave crise do petróleo, (em Janeiro de 74 publiquei o livro “Os Homens são difíceis”. Pode ser lido em www.cunhasimoes.net ) que todo o mundo atravessava e da qual Portugal sofria o impacto, mesmo assim a situação financeira é muito boa. A parte política continuava a degradar-se.
A 14 de Janeiro de 74, Spínola toma posse como Vice-Chefe do Estado Maior das Forças Armadas e arrogantemente afirma: “as Forças Armadas não são a Guarda Pretoriana do poder”.
Marcello Caetano tem a certeza que os militares estão em marcha. É a maneira de lhes entregar o poder.
Em 31 de Janeiro, Spínola publica o livro “Portugal e o Futuro” onde advoga a adesão à CEE, o fim da Guerra do Ultramar e a constituição de novos Estados.
Marcello Caetano manda chamar Spínola e Costa Gomes e entrega-lhes o poder.
Eles não aceitam e, dissimuladamente juram-lhe fidelidade.
C.S
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