Com as Forças Armadas divididas, o Partido Comunista só tinha como opositores uma Esquerda hesitante, uma Direita medrosa e um MRPP aguerrido que fazia imenso barulho, lhe denunciava os golpes e lhe chamava social-fascista. Por esse motivo vai ver 430 militantes presos, espancados no Ralis e proibido de concorrer às primeiras eleições depois do 25 de Abril.
As eleições para a Constituinte estavam marcadas para um ano depois da Revolução ou seja para 25 de Abril de 1975.
O PC embora dissesse que queria as eleições fazia tudo para que não se realizassem.
Cunhal prevendo que algo pudesse correr mal tenta que o MFA concorresse como Partido. Não consegue.
Quando Spínola, em mais uma spinolada fez o 11 de Março e é derrotado, Cunhal vê aqui mais uma oportunidade para destabilizar os militares, incentivar as nacionalizações e a Reforma Agrária.
No Alentejo são ocupados mais de um milhão de hectares de terras e constituídas cerca de 500 cooperativas agrícolas com o nome de Unidades Coletivas de Produção (UCP).
Cunhal quase não dorme. Agora o seu desassossego são as eleições de onde iria sair a Constituição democrática que ele e o camarada Vasco Gonçalves tentavam impedir ou ganhar a qualquer preço. Num último esforço consegue que não sejam admitidos às eleições o PDC (Partido Democrático Cristão), a AOC (Aliança Operária Católica) e o MRPP (Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado), também conhecido por Partido Comunista dos trabalhadores Portugueses.
Em 7 de Abril de 1975, o MFA impõe a “Via socialista” para Portugal. É a ditadura democrática a funcionar
A 15 são aprovadas as Bases da Reforma Agrária.
A 16 são nacionalizadas as Sociedades Petrolíferas, as Companhias de transportes Marítimos, a TAP, a CP e a Siderurgia Nacional.
O tecido industrial é irresponsável e criminosamente destruído perante a apatia e a conivência do Governo.
Na Covilhã é o descalabro total da indústria de lanifícios. Os operários cavaram a sua própria desgraça ao ouvirem as promessas demagógicas do Partido Comunista e ao paralisarem a produção.
Vasco Gonçalves consegue que o MFA faça propaganda para o povo votar em branco para as eleições da Constituinte, mas nem isso chegou para enganar todos os portugueses. Os comunistas só conseguiram 12,5% dos votos.
O PS ganhou com 37, 9%, seguido do PPD com 26,4%; o CDS com 7,6%, o MDP com 4,1% e a UDP com 0,8%.
O estratega Otelo Saraiva de Carvalho afirma democraticamente:
“Não temos confiança nos Partidos”.
C.S
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