D João II - 1481-1495, não tem um reinado fácil. Reune de imediato Cortes com as três classes; Nobres, Clero e Povo
Acusa os nobres de estarem contra ele e de se bandearem com Castela. Depois de ter a certeza que o Duque de Bragança, D. Fernando, era o chefe, manda-o prender e degolar, Confisca-lhe todas as terras.
D João II também se lamentava sobre o pai, que tinha dado tudo e só lhe tinha deixado os caminhos do País. Devido às dificuldades ele teve de inventar outros recursos para acorrer às despesas do Governo. Lembrou-se entáo de mandar construir a fortaleza de São Jorge da Mina, perto do Golfo da Guiné, onde é hoje o Gana.
Depois de concluída a obra e levada a cabo a sua ideia, nunca mais se lamentou.
Mas o clima de intrigas e de suspeição continuou. Os nobres não tinham aprendido a lição.
Em 1482 envia Diogo Cão para continuar a exploração do litoral Africano até ao limite de África e verificar a junção do Atlântico e do Indico sempre com o pensamento de chegar à Índia por mar.
Mas os nobres continuam a não se dar por vencidos nem usam de grandes cautelas. O rei é avisado por um dos conspiradores que o querem matar e este garante-lhe que é o próprio cunhado, o Duque de Viseu que planeia o assassinato. D João convoca-o para Setúbal e manda-o apunhalar. De entre os conspiradores estava o Bispo de Évora D Garcia de Meneses que morre envenenado na prisão. Os que podem fogem, mas não tiram da cabeça a ideia de vingança.
Apesar de todos os problemas, D João II está obcecado com o mar e com as riquezas que ele esconde.
Cria a Junta dos Astrónomos para ter a certeza do que estava a fazer, Ele quer atingir por mar o Oriente e descobrir o lendário Império do Prestes João. Envia por terra Pêro da Covilhã e por mar Bartolomeu Dias que já tinha estudado o Cabo da Boa Esperança (Chamado Cabo das Tormentas por ninguém o conseguir ultrapassar). D João acaba com os medos e prepara-se para a grande viagem. Mas tudo está contra o rei. O único filho, casado com Isabel, filha dos reis Católicos, com o intuito de unir os reinos morre num acidente junto à ribeira de Santarém.
O Homem fica em pedaços, mas acima de todas as contrariedades e desgostos está Portugal e o povo. Ele vai continuar a querer contornar a África e chegar à Índia.
Cristóvão Colombo, que casara com a filha de Bartolomeu Perestrelo, primeiro Donatário da Ilha de Porto Santo e que aprendera tudo quanto sabia das artes do mar com os marinheiros portugueses, alem de ter trabalhado na construção do forte de São Jorge da Mina, Cristóvão Colombo oferece os serviços ao rei e apresenta-lhe o plano da Viagem para a Índia. Chamado Abraão Zacuto, um dos peritos da Junta dos Astrónomos, examina o documento e vê que está errado. Então D.João II convence o navegador a ir falar com os reis Católicos que, ao fim de muito tempo aceitam e lhe entregam os navios pedidos. Cristóvão Colombo chega à América convencido que tinha chegado à parte Ocidental da Índia.
É a partir daqui que a 7 de Junho de 1494 o mundo fica dividido em dois Hemisférios pelo célebre Tratado de Tordesilhas entre Portugal e Castela. D. João II, com a morte do filho, não via interesse na ligação dos reinos.
Manda substituir as caravelas por Naus e prepara a expedição para a Índia.
Mas a inveja e o ódio dos seus pares é muito e usam todos os métodos para atingir os seus objetivos. D. João II é envenenado em Alvor. Sucede-lhe o cunhado, D Manuel, irmão da mulher.
Esta, também amargurada, contínua a obra de amor a que se tinha dedicado: à construção das misericórdias para a proteção dos mais desvalidos, à construção do hospital das Caldas da Rainha, do convento da Anunciada e da Madre de Deus.
A rainha e o rei foram dois seres excecionais, que a vida não deixou ser felizes.
Coloque a máscara. Mais forte que a vida só a vontade do ser Humano.
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C.S
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