O ensino pesado, massudo, maçador, cansativo nunca foi apelativo ou alcançou bons resultados.
Lembro-me de alguns bons professores que falharam redondamente e, por mais que soubessem, só cativavam os marrões, que eram sempre relativamente poucos.
O prazer do jovem está na descoberta, de como se atingem objetivos. Não é necessário que isso seja concretamente através das brincadeiras, basta saber dar à lição o toque da curiosidade.
Nisso, as Escolas Comerciais e Industriais levavam a palma. As primeiras porque ensinavam como fazer contas e orçamentos, mesmo sem ser barra em matemática, ou como vender e comprar feijão, farinha ou grão tendo sempre lucro. As segundas, porque o trabalho com ferramentas e máquinas despertam o prazer de qualquer jovem.
No Liceu, também não eram as salas de estudo que conseguiam estimular o apetite e aprender o que não tinha sido bem apreendido na aula. Eram uma ajuda, mas insuficiente.
Aquilo que empurrava os alunos para o conhecimento eram as tarefas lúdicas da Mocidade Portuguesa, sem lhes dizer que tinham um carácter educativo.
A Topografia entusiasmava tanto ou mais do que um jogo de voleibol.
Lembro o meu saudoso amigo José Pires Ramos, que nunca desistiu de estar descontente com estudos, professores e ministros e nunca faltou à MP porque era um apaixonado pela Topografia, ensinada pelo professor Morcela. O Zé Pires Ramos fez mais tarde a sua vida como topógrafo. Ou o José Cabaço Neves, outro saudoso amigo, a quem a aprendizagem com alguns professores eram um sacrifício tão grande como ir à missa.
O Zé Cabaço Neves, por causa do aeromodelismo tornou-se um dos primeiros pilotos de aviões a jacto da Força Aérea Portuguesa.
As jovens, menos cábulas que os rapazes, tinham na Mocidade Portuguesa diversas atividades que as deliciavam. Uma delas era a culinária onde aprendiam a medir, a pesar e a saborear aquilo que produziam descontraidamente, como brincadeira, que por vezes em casa rejeitavam.
Saber ensinar, aproveitar as disponibilidades dos jovens, no momento certo e no local próprio é o caminho mais fácil e mais rentável para este país que continua à sua procura depois de ter atingido no século XX patamares de progresso, riqueza e satisfação só comparáveis aos dos séculos XV, XVI e XVIII.
Temos tudo para reverter a situação miserável em que nos encontramos desde há 41 anos. Basta querer; não hesitando em enxovalhar e desmistificar os demagogos que mentem, e apoiar quem honesta e sabiamente coloque os seus conhecimentos e trabalho ao serviço de Portugal e de todos os portugueses sem exceção.
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C.S
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