Tudo o que começa mal, tarde ou nunca se endireita.
A Primeira República assentou num chorrilho de promessas vãs e mentiras que, desde início, lhe minaram os alicerces, perturbaram o povo sem necessidade e, de trambolhão em trambolhão, foi-se esboroando ano a ano. Cada um pior que o anterior.
Depois do assassinato do Presidente da República, Sidónio Pais, em Dezembro de 1918, todos pensaram que os problemas acalmassem. A degradação continuou com greves e fome, muita fome e miséria.
Em Julho de 1919, o Governo chama o exército para substituir e controlar os grevistas. Os comboios passaram a circular com um vagão, à frente da máquina, carregado de grevistas, vigiados pelos militares, para evitar que houvesse mais descarrilamentos e sabotagens de linhas férreas.
O povo continua a acusar o Parlamento e a exigir que acabe.
Em 1920, começa uma greve geral. O Governo responde com o estado de sítio no Porto, onde a situação é gravíssima. Os sindicalistas enfrentam a tiro a Guarda Nacional Republicana. São mortos às dezenas.
Os assaltos aos estabelecimentos comerciais são diários.
A bancarrota está à vista e o fim da Primeira República aproxima-se.
Em 1921 Barros Queirós diz: a Pátria está sobre um vulcão e no campo político não se discutem ideias, discutem-se homens para os arruinar.
Tinha razão. No dia 19 de Outubro a loucura agarrou no homem a quem se deve a República e à saibrada e a tiro matam-no como se ele fosse o culpado de todas as desgraças, mas ao Primeiro-Ministro, António Granjo, fazem-lhe o mesmo com requintes de malvadez. A Carlos da Maia, Freitas da Silva, ao coronel Botelho de Vasconcelos e o motorista que criticou os selvagens foi também abatido.
A fome, a ignorância, a revolta e o desespero começavam a desfazer o que restava do país que fabricava notas como quem imprime envelopes timbrados. A inflação era galopante.
Cunha Leal desabafa: “Todos nós temos culpas! É esta maldita política”.
Os juízes não escapavam. Uns são mortos, outros gravemente feridos
Em 1922, os atos de sabotagem são cada vez mais numerosos. Cunha Leal pede o restabelecimento da pena de morte. As greves não param e a fome mata mais que as balas. Portugal tinha perdido o juízo.
Em 1923 grita-se para se impor a ordem e governar em Ditadura.
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C.S
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