O mandarim Crato que não deve saber nada de mandarim chinês resolve em fim de mandato e de atribulada missão ministerial abrir as portas à língua chinesa e mostrar quanto nos é cara essa civilização de paciência, ponderação e inteligência.
Com esta decisão estou totalmente de acordo. Gosto dos chineses, admiro a sua dedicação ao trabalho e sinto grande satisfação quando vejo aquela enorme nação prosperar e viver em cada ano mais desafogadamente.
O Crato ao dizer que vai trazer professores da China não faz qualquer ideia sobre o sucesso ou insucesso de tal decisão. Julgo que fará igual aos cursos dos “Centros para a Qualificação e Ensino Profissional” que nunca arrancaram.
Mas se o mandarim não tiver a mesma sorte, eu dou-lhe a sugestão para o arranque da língua chinesa que toda a gente acha dificílima de aprender. Não é.
Qualquer língua é de grande simplicidade se a aprendizagem começar só pela oralidade, ou seja, os alunos, durante o primeiro ano só ouvem falar e repetem a palavra ou palavras que o professor disser usando o mesmo critério que os pais usam com os filhos de um, dois ou três anos. Ele pode escrever no quadro os caracteres, mas os alunos não copiam.
No primeiro ano, o Crato, escusa de incomodar os professores chineses. Em Portugal vai encontrar centenas de jovens chineses que falam perfeitamente o português, que estudaram nas escolas portuguesas e frequentam ou frequentaram as Universidades portuguesas.
Seguindo este método, no fim do primeiro ano tem todos os alunos a entender chinês. Quinhentas palavras, máximo.
No segundo ano pode então, se quiser, pedir ajuda a professores vindos da China que orientarão a escrita e as formas gramaticais absorvidas de maneira acessível.
O Crato, sempre hesitante como Ministro, pode agora querer apresentar serviço e fazê-lo sem cuidado. Espero que não aconteça o mesmo, quando foi lançada a disciplina de Jornalismo nas escolas, por outro aprendiz de ministro. Para a ensinar foram escolhidos professores que ou raramente liam jornais ou até mesmo nunca tinham lido e eram chamados a ensinar o que não sabiam a jovens bastante interessados no tema.
Não digo isto de cor. Gravei, num seminário dado pelo Professor Anselmo, para os professores que iam ministrar a disciplina. Duas professoras que estavam no meu grupo de trabalho, declararam o que mencionei.
Os Portugueses são um povo estranho e inteligente, mas às vezes abusam das suas capacidades.
C.S
. Portugal, País de marinhe...
. Acredito na inteligência ...
. Todos mandam, ninguém se ...
. “Liga” perde combate na c...
. Em 146 a.C destruíram Car...
. O fim da guerra com estro...
. Estupidez criminosa alime...
. Tanto quis ser pobre, que...