Desde o início da Nacionalidade Portugal viveu sempre à sombra dos milagres que pagou; ou em metal sonante, oiro de primeira qualidade ou construindo catedrais com aposentadoria e terreno de cultivo para alimentar padres, frades e restante família de tonsurados.
Quatro onças desembolsou D. Afonso Henriques ao Papa Inocêncio II para o milagreiro, milagrar.
Como a independência está assegurada e as guerras com os mouros acabaram há muito, o Francisco para encher a arca vem a Fátima.
Milagra dois. Com um cheque de milhões fica o assunto resolvido.
O seu homónimo Francisco fica santo, a Jacinta santa e os portugueses têm mais dois bentinhos a quem recorrer para pagar a dívida com o milagre da esperança que é o de são-nunca à tarde.
A mentira tem-se aguentado durante séculos. É a Senhora que é virgem de vários filhos e que sobe ao céu vestida de azul. É Maomé que faz o trajeto montado no cavalo branco e são milhões de broncos que acreditam nestas tontices, como dizia o meu amigo José Pires Ramos.
A mentira é o melhor argumento para não descontentar os crentes.
A mentira piedosa é aquela que o recetor, o ouvinte ignorante quer ouvir. E é aquela que o emissor, aquele que tem interesse em difundir a mensagem pretende que ela seja assumida como verdadeira, mesmo que, aos olhos de todos, o embuste seja evidente.
Jeroen Dijsselbloem, Ministro das Finanças da Holanda e Presidente do Eurogrupo disse, naturalmente, que ele não podia gastar todo o seu dinheiro em bebidas e mulheres e depois pedir ajuda.
A Comunicação Social distorceu a frase e lançou-a sobre os países do sul da Europa. Foi o que estes quiseram ouvir.
Quantas vezes, eu e outros chamámos a atenção para gastos megalómanos e sem-sentido, como por exemplo os Estádios de Futebol, as viagens do Soares, as greves com milhões atirados ao Tejo?
Os Governos ficam insensíveis. Os políticos e apaniguados recebem quantias que os deixam indiferentes perante as dificuldades do povo.
O Te Deum que as carpideiras usaram para exorcizar Jeroen Dijsselbloem acertou em cheio em Portugal, esperemos que os políticos tomem consciência dos erros e acabem com as piedosas mentiras judaico-cristãs.
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C.S
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