Nasci poucos anos depois de terminar a Primeira República. As dificuldades eram muitas e os pobres de pedir eram enxames de mãos estendidas, descalços e esfarrapados.
Uma das primeiras preocupações de Salazar foi alimentar as pessoas e, para isso, recorreu sempre ao rancho dos quarteis que era feito em quantidade, para que sobrasse da comida dos militares. As outras preocupações eram o trabalho e as crianças em idade escolar.
A solidariedade foi extraordinária. João Pereira da Rosa, Diretor de o jornal “O Século”, encerrado depois do 25 de Abril por Manuel Alegre, em conflito com os trabalhadores, criou a Colónia Balnear Infantil de “O Século”. A partir de 1928, as crianças carenciadas passaram a ter 15 dias de férias numa praia, com os custos suportados pelo Jornal que, para atingir as verbas necessárias, fazia campanhas no jornal e aí colocava a lista das pessoas que enviavam os donativos.
Incutindo sempre a ideia que, através do trabalho, Portugal sairia da pobreza em que se encontrava, consegue, em 1935, criar a Fundação para a Alegria no Trabalho (FNAT. Depois do 25 de Abril passou a INATEL), a que juntou as Casas do Povo e as Casas dos Pescadores de maneira a proporcionar, aos trabalhadores, espaços de lazer recreativos, atividades culturais, viagens pelo País e estrangeiro, competições desportivas etc.
Pensando sempre no bem do povo, que correspondia com trabalho, fazia a divulgação de tudo quanto era concretizado, para quem quisesse poder recorrer aos benefícios proporcionados. Foi, por esse motivo, criado o Secretariado da Propaganda Nacional (SPN), em 1933,mais tarde tomou o nome de Secretariado Nacional da Informação (SNI).
O Secretariado foi dirigido por um Homem excecional, António Ferro, chefe da propaganda, hoje dizemos divulgação, publicidade, para que todos beneficiassem do cinema, teatro, bailado, turismo etc.
Empenhou-se, a fundo, na Exposição do Mundo Português, 1940. Fundou o Museu de Arte Popular, a Companhia de Bailado Verde Gaio, foi Presidente da Emissora Nacional, hoje Antena1, e lançou as Pousadas de Portugal, elogiadas por todos devido à sua qualidade.
Trabalho, trabalho, trabalho. Muito trabalho, arrancaram este País da miséria. Não havia quase nada. Se não havia inventava-se.
Lembro-me da falta de pneus nos carros e nas camionetas. Andavam com eles todos remendados. Não havia gasolina, trabalhavam a gasogénio, com grandes panelas na parte traseira dos autocarros. Muitas peças para os automóveis não eram importadas porque o dinheiro fazia falta para o Governo se orientar. Apareceram sempre artistas, que faziam por prazer e na perfeição aquilo que Portugal necessitava.
Era assim Portugal, seguia o apelo “Produzir e poupar.”
Hoje, com slogan idêntico, adaptado aos novos tempos, Portugal precisa de trabalhar e poupar. Com demagogia e fanfarronadas não resulta.
O Costa pense bem no assunto.
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C.S
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