O problema dos velhos
O problema dos velhos são as pernas, que sem força, claudicam a cada passada.
O problema dos velhos é o excesso de informação que os confunde, os irrita e ao mesmo tempo os excita porque querem saber sempre o que se passa no País e no mundo.
O realizador Paulo Rocha, incapaz de resistir à tentação do pequeno ecrã, cortou todas as fichas das televisões que tinha espalhadas pela casa.
Hoje são muito mais agressivas com os programas especiais e publicidade aos montes sem uma regra bem definida e pouco cansativa- As televisões encarregam-se de afastar até quem deseja comprar.
Aqui há trinta anos via em Roma um canal só de anúncios. Não cansava. Tudo estava equilibrado.
Se calhar era eu que, com menos trinta e quatro anos e uma belíssima italiana, não sentia quiasquer desgastes.
É. O problema dos velhos são as pernas, as gripes, o ter tentado encontrar a solução para os problemas do mundo e verificar que em vez de tudo ter melhorado, tudo se agravou apesar dos sucessivos avanços em todos os domínios.
Avanços nas mais extraordinárias descobertas que atingem o impossível e, ao mesmo tempo, a destruição do bem-estar através de guerras que nada ficam a dever em crueldade e malvadez às da Segunda Guerra Mundial e ao holocausto praticado nos campos de concentração ou nas ruas de Dresden.
Os velhos não morrem de velhice. Morrem de impotência, de vergonha por não terem conseguido realizar o sonho de uma vida feliz para todos os seres humanos.
Anterior "Vender saber e prazer pelo mundo sem sair de Portugal"
C.S
. Portugal, País de marinhe...
. Acredito na inteligência ...
. Todos mandam, ninguém se ...
. “Liga” perde combate na c...
. Em 146 a.C destruíram Car...
. O fim da guerra com estro...
. Estupidez criminosa alime...
. Tanto quis ser pobre, que...