Terça-feira, 20 de Outubro de 2015

O saber e a doçura das mulheres portuguesas

A evolução do mundo é interessante, mas quantos sacrifícios e sofrimentos comporta?

A história portuguesa até começa bem, com uma mulher decidida e determinada, D. Teresa, mãe de D. Afonso Henriques. Depois da morte do marido lutou pela independência do bocado de terra onde havia de crescer Portugal, tomou o título de rainha, e iria longe se o filho, pressionado pelos fidalgos não lhe tivesse tirado o Governo já que vivia maritalmente com o fidalgo Galego Fernão Peres de Trava.

Outra mulher que sobressai pela bondade do seu coração e pela intervenção política junto do marido, D. Diniz e do filho D. Afonso IV, devido às constantes desavenças entre um e outro é a Rainha Santa Isabel.

A mulher que rasga as convenções do seu tempo é Leonor Telles. Casa com o rei depois de já estar casada e causa algum desconforto na sociedade. Era uma Carla Bruni, antes do tempo. É mulher inteligente e desinibida o que mostra a desenvoltura e a confiança em si.

A mulher portuguesa só não ganha mais pujança, não porque o homem a subjugue, mas porque a sua doçura maternal deixa a política aos homens.

E avançamos com as mulheres de espírito, cultas, D. Filipa de Lencastre, mulher de D. João I, mãe da chamada Ínclita Geração pelo valor e cultura que os filhos demonstraram e dos quais se salientam D. Henrique, D. Pedro, D. Duarte, D. Fernando.

As mulheres de armas. Uma D. Filipa de Vilhena que arma os dois filhos para a revolta de 1640 ou da Restauração e D. Luísa de Gusmão que incita o marido, o futuro D. João IV a aceitar a proposta dos conjurados e sacudir os esbirros espanhóis que começavam a ganhar raízes.

Na Primeira República distinguem-se Ana de Castro Osório, Adelaide Cabete e Carolina Beatriz Ângelo. Esta última não vergando à prepotência masculina da Democrática e caótica República conseguiu ser a única mulher a votar, o que não voltou mais a acontecer.

Na Segunda República – Estado Novo, a mulher adquiriu o direito de voto, e imediatamente na Assembleia Nacional se distinguiram três mulheres: Maria dos Santos Guardiola, Domitília de Carvalho e Maria Cândida Parreira.

Nesta Terceira República tive o prazer de conhecer e apoiar com uma intervenção na Assembleia da República Maria de Lurdes Pintasilgo, mulher inteligentíssima e respeitada em toda a Europa. Foi Primeiro-ministro e foi pena que não tivesse ganho as eleições para Presidente da República. Agora temos quatro candidatas: Graça Castanho, Manuela Gonzaga, Maria de Belém e Marisa Matias.

Portugal bem precisa de um perfume de mulher para suavizar as tensões que se advinham e travar a queda no abismo.

 

Anterior “Varoufakis não brinca em trabalho. Lição aos jovens”

C.S

publicado por regalias às 05:36
link | comentar | favorito

.mais sobre mim

.pesquisar

 

.Janeiro 2023

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5
6
7

8
9
13


24
25
26
27
28

29
30
31


.posts recentes

. Portugal, País de marinhe...

. Acredito na inteligência ...

. Todos mandam, ninguém se ...

. “Liga” perde combate na c...

. Em 146 a.C destruíram Car...

. O fim da guerra com estro...

. Estupidez criminosa alime...

. Tanto quis ser pobre, que...

. Português -Russo, 145

. Português -Russo. 144

.arquivos

. Janeiro 2023

. Dezembro 2022

. Novembro 2022

. Outubro 2022

. Setembro 2022

. Agosto 2022

. Julho 2022

. Junho 2022

. Maio 2022

. Abril 2022

. Março 2022

. Fevereiro 2022

. Janeiro 2022

. Dezembro 2021

. Novembro 2021

. Outubro 2021

. Setembro 2021

. Agosto 2021

. Julho 2021

. Junho 2021

. Maio 2021

. Abril 2021

. Março 2021

. Fevereiro 2021

. Janeiro 2021

. Dezembro 2020

. Novembro 2020

. Outubro 2020

. Setembro 2020

. Agosto 2020

. Julho 2020

. Junho 2020

. Maio 2020

. Abril 2020

. Março 2020

. Fevereiro 2020

. Janeiro 2020

. Dezembro 2019

. Novembro 2019

. Outubro 2019

. Setembro 2019

. Agosto 2019

. Julho 2019

. Junho 2019

. Maio 2019

. Abril 2019

. Março 2019

. Fevereiro 2019

. Janeiro 2019

. Dezembro 2018

. Novembro 2018

. Outubro 2018

. Setembro 2018

. Agosto 2018

. Julho 2018

. Junho 2018

. Maio 2018

. Abril 2018

. Março 2018

. Fevereiro 2018

. Janeiro 2018

. Dezembro 2017

. Novembro 2017

. Outubro 2017

. Setembro 2017

. Agosto 2017

. Julho 2017

. Junho 2017

. Maio 2017

. Abril 2017

. Março 2017

. Fevereiro 2017

. Janeiro 2017

. Dezembro 2016

. Novembro 2016

. Outubro 2016

. Setembro 2016

. Agosto 2016

. Julho 2016

. Junho 2016

. Maio 2016

. Abril 2016

. Março 2016

. Fevereiro 2016

. Janeiro 2016

. Dezembro 2015

. Novembro 2015

. Outubro 2015

. Setembro 2015

. Agosto 2015

. Julho 2015

. Junho 2015

. Maio 2015

. Abril 2015

. Março 2015

. Fevereiro 2015

. Janeiro 2015

. Dezembro 2014

. Novembro 2014

. Outubro 2014

. Setembro 2014

. Agosto 2014

. Julho 2014

. Junho 2014

. Maio 2014

. Abril 2014

. Março 2014

. Fevereiro 2014

. Janeiro 2014

. Dezembro 2013

. Novembro 2013

. Outubro 2013

. Setembro 2013

. Agosto 2013

. Julho 2013

. Junho 2013

. Maio 2013

. Abril 2013

. Março 2013

. Fevereiro 2013

. Janeiro 2013

. Dezembro 2012

. Novembro 2012

. Outubro 2012

. Setembro 2012

. Agosto 2012

. Julho 2012

. Junho 2012

. Maio 2012

. Abril 2012

. Março 2012

. Fevereiro 2012

. Janeiro 2012

. Dezembro 2011

. Novembro 2011

. Outubro 2011

. Setembro 2011

. Agosto 2011

. Julho 2011

. Junho 2011

. Maio 2011

. Abril 2011

. Março 2011

. Fevereiro 2011

. Janeiro 2011

. Dezembro 2010

. Novembro 2010

. Outubro 2010

. Setembro 2010

. Agosto 2010

. Julho 2010

. Junho 2010

. Maio 2010

. Abril 2010

. Março 2010

. Fevereiro 2010

. Janeiro 2010

. Dezembro 2009

. Novembro 2009

. Outubro 2009

. Setembro 2009

. Agosto 2009

. Julho 2009

. Junho 2009

. Maio 2009

. Abril 2009

. Março 2009

. Fevereiro 2009

. Janeiro 2009

. Dezembro 2008

. Novembro 2008

. Outubro 2008

blogs SAPO

.subscrever feeds

Em destaque no SAPO Blogs
pub