A evolução do mundo é interessante, mas quantos sacrifícios e sofrimentos comporta?
A história portuguesa até começa bem, com uma mulher decidida e determinada, D. Teresa, mãe de D. Afonso Henriques. Depois da morte do marido lutou pela independência do bocado de terra onde havia de crescer Portugal, tomou o título de rainha, e iria longe se o filho, pressionado pelos fidalgos não lhe tivesse tirado o Governo já que vivia maritalmente com o fidalgo Galego Fernão Peres de Trava.
Outra mulher que sobressai pela bondade do seu coração e pela intervenção política junto do marido, D. Diniz e do filho D. Afonso IV, devido às constantes desavenças entre um e outro é a Rainha Santa Isabel.
A mulher que rasga as convenções do seu tempo é Leonor Telles. Casa com o rei depois de já estar casada e causa algum desconforto na sociedade. Era uma Carla Bruni, antes do tempo. É mulher inteligente e desinibida o que mostra a desenvoltura e a confiança em si.
A mulher portuguesa só não ganha mais pujança, não porque o homem a subjugue, mas porque a sua doçura maternal deixa a política aos homens.
E avançamos com as mulheres de espírito, cultas, D. Filipa de Lencastre, mulher de D. João I, mãe da chamada Ínclita Geração pelo valor e cultura que os filhos demonstraram e dos quais se salientam D. Henrique, D. Pedro, D. Duarte, D. Fernando.
As mulheres de armas. Uma D. Filipa de Vilhena que arma os dois filhos para a revolta de 1640 ou da Restauração e D. Luísa de Gusmão que incita o marido, o futuro D. João IV a aceitar a proposta dos conjurados e sacudir os esbirros espanhóis que começavam a ganhar raízes.
Na Primeira República distinguem-se Ana de Castro Osório, Adelaide Cabete e Carolina Beatriz Ângelo. Esta última não vergando à prepotência masculina da Democrática e caótica República conseguiu ser a única mulher a votar, o que não voltou mais a acontecer.
Na Segunda República – Estado Novo, a mulher adquiriu o direito de voto, e imediatamente na Assembleia Nacional se distinguiram três mulheres: Maria dos Santos Guardiola, Domitília de Carvalho e Maria Cândida Parreira.
Nesta Terceira República tive o prazer de conhecer e apoiar com uma intervenção na Assembleia da República Maria de Lurdes Pintasilgo, mulher inteligentíssima e respeitada em toda a Europa. Foi Primeiro-ministro e foi pena que não tivesse ganho as eleições para Presidente da República. Agora temos quatro candidatas: Graça Castanho, Manuela Gonzaga, Maria de Belém e Marisa Matias.
Portugal bem precisa de um perfume de mulher para suavizar as tensões que se advinham e travar a queda no abismo.
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C.S
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