Muitos alunos são como os campos sem cultivo e tratamento adequado. Não aprendem porque os professores não os sabem motivar.
Tenho feito imensas experiências com alunos impossíveis e, no final, eles revelam-se jovens excecionais e com capacidades fora do vulgar.
Um deles, António Adão, meu primo; era eu ainda estudante, apoiei-o no seu 5º ano. Nunca mais parou. Foi médico em Angola.
O segundo, no primeiro emprego que arranjei para me tornar independente, apesar de meus pais não concordarem, foi no Colégio, Bloco de Sintra, era Prefeito, dava assistência aos alunos mais fracos e superintendia na ordem do reino, quando a Diretora não estava.
Um dia, chamou-me e perguntou-me se queria ensinar um jovem inglês, Nello Howard Davies, que ela não se arriscava a aceitar, por que tinha sido expulso de colégios em Inglaterra, na África do Sul e Portugal.
Por duas horas diárias passei a ganhar tanto como recebia no Colégio.
A mãe do jovem fez o preço no fim do primeiro mês. O Nello fez todos os exames no fim do ano sem quaisquer problemas.
O ano passado, um jovem de 28 anos e que só tinha conseguido o sexto ano porque não se entendia com a barulheira nas aulas que o desmotivavam teve de ir trabalhar, mas as suas dificuldades pareciam inultrapassáveis. A mãe e a avó, que liam os meus livros, tanto me pediram que me propus ajudá-lo, mas o David fugia ao encarte. A médica tinha descoberto que ele tinha uma depressão e o rapaz esteve à beira de a ter. Felizmente, através do SKYPE consegui conversar com ele, ganhar a sua confiança e ao fim de 15 dias disse-lhe para pedir à médica para lhe reduzir os comprimidos para metade porque se sentia melhor. Ao fim de mais dez dias voltei a dizer-lhe para a médica lhe retirar os restantes comprimidos que ele sentia-se bem.
O David voltou a estudar e a ler desde o Gil Vicente, ao Eça de Queirós, ao José Régio, ao Bernard Shaw, ao Stendhal etc., além das matérias que fazem parte da vida e são pedidas para fazer o 9º e o 12º ano.
Uma das professoras que o entrevistou teimou que ele só poderia fazer o 9º, pois a sua maneira de se expressar era rudimentar. Eu teimei que faria o 12 e entraria num Politécnico, através de exame, o que acabou por suceder perante o espanto de familiares e conhecidos.
O David está no 1º ano de um Politécnico em Portalegre. É um rapaz completamente diferente. Agora tem de ser ele a tocar guitarra. Tenho a certeza que vai tirar o Curso sem problemas.
Tudo isto vem a propósito por causa de um amigo, que é uma excelente pessoa, um homem de habilidade e saber fabulosos, mas tem um feitio desgraçado.
Resolveu zurzir nos professores. Eu apesar de ter as minhas queixas resolvi colocar-me no lado oposto. Nada melhor para o calar do que apresentar exemplos. E se ele me deixasse escrever sobre as suas qualidades, todos verificaríamos que os portugueses são uns esbanjadores de aptidões.
É por esse motivo que, qualquer laparoto em Bruxelas, se dá ao luxo de amesquinhar e dar ordens a Portugal quando Marcelo Rebelo de Sousa, António Guterres, Durão Barroso e António Costa, só estes quatro, valem mais que a União Europeia ao molho ou desfragmentada em Presidentes, amanuenses e Comissários.
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C.S
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