Há gente que por descaramento, infinita ignorância, ou por estupidez natural não tem o sentido das proporções, do pudor e das conveniências ao dizer que o país vive nas ruas da amargura por causa do Presidente da República.
Dos militares que tomaram parte no 25 de Abril, que Marcello Caetano permitiu, caso contrário tinham metido o rabo entre as pernas e voltado para as unidades tal como aconteceu com os revolucionários do 16 de Março de 1974. Destes, do 25 de Abril, há dois que superam tudo o que a sensatez pode suportar.
Um, o chefe do movimento, Otelo Saraiva de Carvalho, pensou em meter todos os opositores no Campo Pequeno e os fuzilar, depois foi chefe de uma quadrilha com vários assaltos e oito assassinatos, também achou que podia ser Presidente da República, lugar a que se candidatou.
O outro, o Vasco Guedelha, como é conhecido, é fulano tão letrado e competente que, um dos maiores traidores a Portugal, Melo Antunes, segundo palavras e escritos do General Spínola, quando se apercebeu que entregar Portugal aos comunistas era bem mais difícil do que ter obrigado a uma descolonização que sacrificou, nas guerras civis, mais de quatro milhões de naturais desses países e centenas de milhares de portugueses que aí estavam, o Melo achou mais seguro fazer o chamado Documento dos Nove que o Vasco por falta de entendimento e pouca literacia disse imediatamente: ó pá, dá cá isso que eu assino sem ler. E assinou. Se lesse, dificilmente compreenderia o arrazoado.
Este Vasco que, vem oferecer o Nóvoa, para Presidente da República, tem a esperança que o homem desista à última da hora, para ele Vasco se apresentar a eleições. Segundo diz, continua a ser muito pressionado para dar o passo em falso.
Coitado do Vasco e coitados dos portugueses que acreditaram neste e noutros militares que fizeram segurança aos ocupantes das propriedades onde permitiram o roubo, a ocupação de empresas e se recusaram a proteger a embaixada e o Consulado de Espanha, roubados e vandalizados pelo que o Governo Português teve de pagar somas astronómicas.
Mas este Vasco não tem culpa de nada. É um herói. Eu ouvi da boca de Salgueiro Maia, na casa de Herminio Martinho, o que ele pensava deste herói de fancaria.
O Vasco diz que os militares de Abril são contra ruturas violentas. Acrescenta, a que protagonizámos há 40 anos está inscrita na história portuguesa e universal como ato único, sendo por isso irrepetível.
A história nunca elogia traidores. O que aconteceu foi uma traição ao Povo Português porque foi enganado. Marcello Caetano tinha deixado fazer a mudança de regime, sem verter uma gota de sangue, para que o povo nunca fosse prejudicado.
Por vergonha todos escondemos as verdades. Mas o Vasco está a pedi-las.
C.S
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