Nunca os portugueses teriam pensado alargar o seu território para o norte de África, e depois mar fora à descoberta de novos mundos, se os piratas não atacassem as costas Algarvias e os nossos barcos de pesca.
Perante a reincidência continuada, e a captura de cidadãos portugueses que eles faziam escravos e vendiam como gado, em Agosto de 1415, D. João I e os filhos D. Duarte, D. Pedro e D. Henrique resolveram tomar Ceuta que era ponto estratégico para vigiar, atacar e conter a pirataria.
A partir desse momento, Portugal que nem gente tinha para tratar do seu território, na altura a população rondaria o milhão e duzentos mil, meteu-se mar dentro, tomou-lhe o gosto, desceu a costa Africana, deu a volta, passou o Índico e de repente encontrou-se na Índia.
Entretanto tinha conquistado mais umas quantas praças mouriscas no norte de África e devia ter chegado à conclusão que o homem português era invencível. João III verificando que as praças do Norte de África; Safim, Azamor, Aguz, Alcácer-Ceguer e Arzila davam um prejuízo tremendo resolveu entregá-las. João III casou com Catarina de Áustria, irmã de Carlos V, o parentesco era muito próximo e dos nove filhos não sobrou nenhum. O reino passou para o neto, D. Sebastião, que tomado de fanatismo religioso resolveu reconquistar ao infiel aquilo que o avô, ajuizadamente, tinha largado.
Resultado: D. Sebastião quer matar a moirama, mas é aconselhado a não o fazer pelo tio, o Cardeal D. Henrique e até pelo rei de Espanha de quem era familiar próximo que o aconselhava primeiro a casar, a ter filhos e só depois se lançar em aventuras de sucesso imprevisível. Sebastião, teimoso como um português casmurro, lançou-se sobre os árabes em Alcácer-Quibir, 1578, perdeu a batalha, perdeu a vida e Portugal perdeu a Independência, nos mesmos moldes que hoje perdemos a independência e a liberdade para os senhores da União Europeia.
Digo que perdemos nos mesmos moldes porque Filipe II tinha direito ao trono português. Ele era filho de uma princesa portuguesa, Isabel de Portugal e de Carlos V.
As regras eram essas. Os reis eram donos e senhores dos territórios e podiam dispor deles. Também o filho de D. Manuel I e de Isabel de Aragão, Miguel da Paz, se não tivesse falecido jovem, juntaria Portugal a Castela e Aragão.
Resumindo e concluindo: somos valentes, teimosos, arranjamos sempre desculpa para os nossos erros e temos, por vezes, mais olhos que barriga. Mesmo com estes sintomas não há dúvida que somos um povo capaz de ter tudo quanto a nossa imaginação quiser, só que isso dá um pouco de trabalho, é preciso muita vontade, e saber navegar nas Universidades do mundo e nas caravelas da Internet. Pouca coisa.
O que indico é seiscentas vezes mais fácil do que os trabalhos que passaram os nossos navegadores. Mãos à obra.
C.S
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