A miserável Primeira República, 1910-1926, deixou como única herança à Ditadura Militar: muita sarna para se coçar, piolhos e respetivas lêndeas, lombrigas e dezenas de milhares de pobres.
A Ditadura Militar não conseguiu dinheiro para desparasitar as vítimas nem arredar os parasitas de duas pernas que teimavam em não largar o terreno que eles sugavam no meio da miséria e da sujidade do país.
Lembra-me perfeitamente que em 1942, desde o começo das aulas, o professor José Manuel Landeiro, quase todos os dias passava revista às orelhas, cabelos e unhas dos alunos.
Os piolhos e as lêndeas eram frequentes. Nesse ano houve um surto de lombrigas e nem eu escapei, apesar de todos os cuidados de minha mãe.
O Estado Novo foi incansável na luta por um País saudável. Havia hospitais em quase todas as sedes de Freguesia. A minha vila não fugiu à regra.
Quando li que nas escolas da Baixa da Banheira havia um surto de sarna não me admirei. Aquela zona foi das mais fustigadas pelos políticos que o sarnoso Cunhal e a seita acoplada infetaram.
A sarna trouxe a droga, o caos, a perversidade, a inquietação que quase destruiu todas as ambições dos portugueses e os tornou indiferentes aos acontecimentos. A reagirem, seria de maneira tão violenta, que o próprio país se poderia desintegrar.
Este Governo mirabolante do Costa é aceite como um desfastio. O Português tinha necessidade de rir, senão rebentava. Costa deu gozo.
Salazar foi o único que compreendeu bem o povo; primeiro, porque era extremamente inteligente e, segundo, porque tinha saído do povo e lhe conhecia as angústias e revoltas.
Salazar ao escolher António Ferro para o Secretariado da Propaganda Nacional deu-lhe carta-branca. Ferro foi até onde entendeu. Ele que na democrática Primeira República tinha sido censurado e a sua peça de teatro “Mar Alto” proibida de ser representada foi o escolhido por Salazar que o sabia um vanguardista. Nunca lhe cerceou a ousadia.
Os teatros enchiam-se e as revistas do Parque Mayer eram pródigas em críticas, chalaças e anedotas sobre o Primeiro-ministro.
Salazar, mesmo podendo não gostar, nunca proibiu que cada um se expressasse como entendesse. Ele sabia que o povo tinha necessidade de rir, de desabafar, de ganhar confiança.
O Costa tem também um povo que tem necessidade de acreditar nele.
Se o Costa não aproveitar a maré, sem demagogia e convencendo os sarnentos a comportarem-se como políticos competentes para cimentar, numa legislatura, a credibilidade da Esquerda acaba, e durante mais cinquenta anos alguém aparecerá para pôr ordem na casa.
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