Quem observou a saída ordeira dos camionistas grevistas depois das oito horas da manhã, imediatamente percebeu que a bota não dava com a perdigota ou perdigoto que, enquanto eles saíam, garantia que os camionistas não fariam mais do que as 8 horas de trabalho diário.
Com estas atitudes contraditórias, qualquer analista mediano perceberia que uma parte do trabalho normal não seria cumprida em velocidade reduzida.
Por esse motivo, quase de imediato quando as perspetivas dos mais ingénuos seriam goradas, saíram os camiões de reforço para inviabilizar esta jogada imaginada pelo falinhas mansas, que se arrisca a levar os trabalhadores para uma situação de desemprego e desespero a curto ou a médio prazo.
Não é só Portugal que começa a compreender que a falta de autoridade não aproveita a ninguém. Aparentemente beneficia alguns, mas prejudica milhões.
Estude-se a atitude do novo Primeiro-Ministro Britânico, com o reforço das polícias, aumento para mais dez mil o lugar nas prisões para aqueles que não obedecerem às leis do Estado e aplicadas pelo Governo.
Talvez assim os portugueses, não cumpridores, entendam que a liberdade tem regras.
Os Governos não querem tirar a liberdade seja a quem for.
Uma vez, na Assembleia da República, em 1976 ou 77 eu declarei que era muito mais livre em Portugal do que em França ou Inglaterra. E era verdade. A minha liberdade era total, apesar de quando eu tinha 14 ou 15 anos ter sido multado, eu e os meus amigos, por fazermos barulho às duas da manhã. Os polícias tinham razão porque nos avisaram, mas na brincadeira nunca mais pensámos em vê-los segunda vez. Cada um pagou dez escudos, 5 cêntimos, hoje.
Mas nunca mais esqueci a atitude policial. Quando escrevi o meu segundo livro, 1961, não tive receio de ofender a polícia.
Havia liberdade, podia escrever o que entendesse em livro. Nos jornais era diferente. Cortavam os artigos menos próprios.
Os grevistas deste Abril sem regras, dão-se ao luxo de ter Piquetes de greve para impedir que quem deseje ir trabalhar não o possa fazer. Afinal, onde está a Democracia que tanto apregoam? E a Liberdade?
Ah! Democracia e Liberdade é só para o que lhes interessa!
Não sejam tolos.
Portugal e a Europa começam a ficar fartos de espertalhões.
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C.S
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