Hoje só é ignorante quem quer.
Por muito maus que tenham sido todos os Governos desde o disparatado 25 de Abril, a verdade é que desde 1994 eles se têm esforçado por alargar a informação a toda a população, incentivando a colocação de Centros com computadores gratuitos em muitas localidades.
Em Lisboa, na Gare do Oriente, há o Pavilhão do Conhecimento com mais de 50 computadores gratuitos e sempre disponíveis, com técnicos de apoio a quem necessite de qualquer explicação ou deseje aprender o essencial para navegar mundo fora e no digital sem sair da cadeira.
O português digo-o sem chauvinismo, mas com orgulho, é um ser inteligente, muito imaginativo e muito hábil.
Encontrei em Paris, em 1959, o senhor Geraldes, natural da Capinha, Concelho do Fundão que trabalhava numa metalomecânica que incentivava os operários a propor soluções ou a apresentar projetos para coisas úteis. O Sr. Geraldes inventou uma chave e fechadura que ainda hoje se encontram no mercado. Os donos da empresa gratificaram-no. Passado um ano perguntaram-lhe se ele tinha algumas dificuldades. Ele respondeu naturalmente, não. Só me falta pagar parte de uma casa em L’Hay-les-Roses. Perguntaram-lhe quanto faltava e, perante o seu espanto, deram-lhe o dinheiro com um forte aperto de mão.
O português, com um pequeno incentivo é um verdadeiro génio inventivo e sem se preocupar muito com as compensações. Trabalha por prazer, por gosto de ver até onde é capaz de ir.
Infelizmente, e digo-o com tristeza, o 25 de Abril desmotivou, por autêntica incompetência de quem dirigiu o país, esta gente que trabalhava por gosto, que tinha orgulho no que fazia, tivesse ele a profissão que tivesse. Se fosse caixeiro queria ser o melhor, o que mais sabia cativar o cliente, se fosse mecânico tinha orgulho em tratar as máquinas e ferramentas por tu.
Lembro-me de dois mecânicos fabulosos, o Sr. João Rocha e o Sr. Joaquim Rebelo, trabalhavam ambos em Penamacor. O segundo era da Aldeia de Bispo. Era alto, forte e de uma competência fora de série. As máquinas não tinham quaisquer segredos. Morreu novo e estupidamente. Eram quatro da manhã e um vizinho bateu-lhe à porta a dizer que lhe andavam a roubar couves da horta, vestiu qualquer coisa à pressa e foi cheio de nervos e com o coração aos pulos dar uma surra nos pequenos larápios, quando lá chegou correu atrás deles, sofreu um ataque de coração e morreu. Ele foi lá, não pelas couves, mas pelo desrespeito. Era solteiro e ajudava sempre que lhe pediam.
Tudo isto vem a propósito dos Cursos Vocacionais e da indisciplina que neles reina.
Os únicos culpados são os professores. Só há indisciplina quando o chefe, o dirigente ou o professor a permite.
C.S
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