Andava eu pela Assembleia da República quando fui chamado pelo Presidente, Dr Teófilo Carvalho dos Santos, que, com muitos pedidos de desculpa, me disse que me pedia uma tarefa impossível, mas que ele considerava que podia levar a ações de extrema gravidade: convencer o Presidente Ramalho Eanes a receber uma Delegação de Deputados da Coreia do Norte.
Por mais que ele tivesse insistido, Ramalho Eanes mostrou-se sempre imtransigente e não sabia mais que fazer para convencer o Presidente, até que o Partido Comunista lhe falou em mim e ele pedia-me para tentar, mais uma vez, insistir pois temia que os Deputados Coreanos, ao regressarem ao seu país fossem severamente punidos por não terem apresentado cumprimentos, enviados pelo Presidente da Coreia do Norte ao Presidente Português.
Pedi ao Dr. Carvalho dos Santos para a Secretária ligar para a Presidência da República e para dizer que eu precisava de falar com o Senhor Presidente.
Passados alguns minutos Ramalho Eanes apareceu e disparou:.
- O que é que queres! Tu Julgas que eu tenho a tua vida?
- Disse-lhe o motivo. Ramalho Eanes respondeu, irritado, que o Dr. Carvalho dos Santos já tinha a resposta e que ele não podia transigir pois havia assuntos mais importantes a tratar.
A conversa é longa e engraçada. Puxa daqui, puxa dali. Ao fim de uns bons quinze minutos de argumentação, Ramalho acedeu a receber a Delegação Coreana, durante 10 minutos, que acabaram por ultrapassar os trinta.
O Saudoso Dr. Carvalho dos Santos não sabia como me agradecer.
Os Deputados da Coreia do Norte, a quem já tinha sido dito que o Presidente da República não os podia receber e a quem o Dr. Carvalho dos Santos contou que tinha sido eu que conseguira que ele modificasse a sua intransigência, não sabiam como agradecer favor tão grande.
Depois de já terem regressado à Coreia, o Embaixador telefonou-me; disse-me que ia a Tomar. Convidei-o para almoçar lá em Casa e ele encheu minha mulher de presentes. Para mim tinha um convite para visitar a Coreia do Norte e levou-me três garrafas de Ginseng.
Todos os dias tomava um golinho do produto. Eu parecia de ferro. Tinha uma genica invulgar, até que minha mulher impôs o fim da poção, pois estava a exagerar...
Dividi as duas garrafas sobrantes em frasquinhos que ofereci a alguns amigos da muito querida cidade dos Templários.
Esta extraordinária reação do produto Coreano levou-me a pensar nos muitos marinheiros portugueses que andaram pela Ásia; principalmente em Fernão Mendes Pinto, cujos feitos descritos no seu livro “Peregrinação” são tão incríveis, que os amigos brincavam com o nome. Diziam em Vez de Fernão Mendes Pinto. Fernão, mentes? Minto.
O certo é que escritores estrangeiros, que estudaram as navegações portuguesas, confirmam todas as aventuras, as 19 prisões e a venda como escravo a que Fernão Mendes Pinto esteve sujeito.
Coloque a máscara. Ainda não é seguro que o Covid não venha passar o Inverno em Portugal. A Europa vai engolindo vacinas atrás de vacinas; já vai em seis. As máscaras são mais duras de roer. Não brinque com coisas sérias.
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C.S
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