“Querias festa? Agora sua-te a testa.” Nada mais simples e verdadeiro do que este ditado popular.
Poucos ligaram ao Golpe. Eu vivi dia-a-dia, todos estes quase 43 anos de bandalheira, ignorância, hipocrisia, medo e raiva.
Nada preocupado com o sucedido, só lhe prestei atenção quando 4 ou 5 alunos, julgo que tendo à frente o Pocinho do MRPP, subiam as escadas da Escola e gritaram: fuja professor vêm aí os militares para nos prender!
O grito despertou-me e, quando um sargento e dois soldados se prestavam a devassar a casa, já estava eu de braços estendidos a impedir a passagem e com uma metralhadora encostada à barriga.
“Pode disparar. Só depois passa sobre o cadáver.” O sargento caiu em si. Olhou-me com ódio e saiu pelo meio de rapazes e raparigas que estavam no intervalo, mas deviam estar tão aterrorizados que não se ouviu o mais pequeno barulho ou comentário.
A partir desse momento segui e comentei sempre os acontecimentos, pelo que tive o meu primeiro processo em tribunal, que indiciava vários anos de cadeia.
Minha mãe, que tinha ido passar uns dias a Tomar, olha para mim muito séria e diz-me. “Tu vais preso! – Depois acrescenta, como se soubesse que só aquela frase me demoveria de defender rapaziadas, como meu pai apelidava o Golpe. Minha mãe continuou: vais preso e o pior é que não podes tomar banho todos os dias.”
Mas nem esse sacrifício me impediu de tentar chamar à razão estes loucos que enterraram o povo, porque sem inteligência, honestidade, coragem e autoridade nunca ninguém governou.
Se é mentira o que digo, apresentem-me um país próspero e bem governado, que não aplique estes índices para todos viverem bem.
Ao ouvir, durante a noite, Manuel Machado, Presidente da Associação Nacional de Municípios, defender que o Estado também devia pagar IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) podia acrescentar; os Partidos Políticos e a Igreja.
Concordo que esta trempe deve pagar, mas Portugal está roto.
O Estado é um saco sem fundo e sem cabeça. Desde o desgraçado e infame 25 de Abril, os Governantes foram frouxos, desperdiçaram triliões de euros em benesses com quem lhes diz amém ou protege as costas.
O povo estoira de ódio e fome. Dois milhões de pobres. Inacreditável!
Valeu a chegada de Marcelo a Presidente, que, com a ronha e o saber do Estado Novo, onde o pai foi um bom Ministro, ele acalmou a Esquerda desmiolada e a Direita, meio aparvalhada com o sucedido.
Mas poucos acreditam que, enquanto não for remendado o saco e não seja travada a voracidade dos incontinentes, Portugal não encontrará, tão depressa o futuro.
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C.S
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