Muito antes de Portugal ser gente já os Romanos que por aqui andavam garantiam a pés-juntos que o povo que vivia nestas paragens não se sabia governar nem deixava que o governassem.
Passados alguns séculos quando o rei Afonso VI de Leão entregou a nesga de terreno a Henrique de Borgonha, como prenda de casamento com a sua filha bastarda Teresa de Leão, este e a mulher souberam tirar partido dessa sua vontade de cada um fazer o que mais lhe agradava para os incitar à independência e criar um reino alargado. Foi o que veio a acontecer com o filho, D. Afonso Henriques.
Os reis conhecedores deste temperamento independentista muitas vezes castigaram os grandes senhores por tentarem submeter estes indomáveis. Quando da crise de 1383-1385, o rei de Castela, apoiado pela rainha Leonor Telles reclamou o reino porque estava casado com D. Beatriz filha de D. Fernando e de Leonor Telles.
O reino, por direito, pertencia à mulher, mas o povo aparentemente mais fraco e em muito menor número do que os de Castela, juntou-se a D. João, filho bastardo de D. Pedro I e convenceu-o a desfazer-se do amante da Rainha viúva. Este vai ao paço e mata-o a punhaladas. A rainha e muitos nobres fugiram para Castela. O rei de Castela invade Portugal com um exército cinco ou sete vezes maior que o nosso e muito melhor armados. Os portugueses derrotam-nos na célebre batalha de Aljubarrota.
Este temperamento voluntarioso e irresponsável faz que tendo um território mais que suficiente, o tamanho era o de hoje, mas só com um milhão de habitantes, eles aí vão mar fora buscar terreno e riquezas.
É um povo permanentemente insatisfeito e, por esse motivo, dificilmente governável.
Aquilo que acontece nos nossos dias com este jogo de palavras entre o António Costa, a Catarina e o Jerónimo, de um lado, e o Passos e o Portas do outro é ainda o resquício da estagnação dessa tendência em alguns espíritos que por falta de poder usam a dialética para confundir o povo e cativar aderentes, mesmo sabendo que do seu lado só têm a massa ignorante ou os agentes interesseiros que ganharam fortunas depois de terem desfeito o País organizado que existia pelo país menor onde vivemos.
Esta crise pós-eleitoral pode dar origem a uma devassa profunda sobre como foi dirigido o país nestes 41 anos, como foram gastos os milhões que existiam e como foram gastos os milhões que vieram de Bruxelas para compensar o abandono dos campos, o abate dos navios e as fictícias ações de formação.
Com todo este imbróglio por ambição dos incapazes, ao Cavaco ainda lhe dá o treco.
As próximas eleições terão de clarificar a posição dos portugueses.
Esta pertinácia irresponsável é o sinal evidente do estertor de Portugal como país independente.
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C.S
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