Ponto de Partida” na Antena1, nas terças-feiras, por ser interessante gravo, como faço com outros programas.
O Ponto de Partida raramente está disponível na Internet no dia seguinte.
O de ontem não foi exceção. Mas resume-se em poucas palavras: como a alimentação escasseia e como vale mais prevenir que remediar, os insetos vão dar uma ajuda para que não faltem proteínas num mundo onde sobram adubos e cada vez mais distúrbios gastrointestinais.
Fiquei assim a saber que estamos a caminho de saborear moscas sem boca, gafanhotos, grilos e outras vítimas semelhantes para compensar a falta de nutrientes.
Os chineses há muito que comem tudo quanto mexe e, por esse motivo eles se multiplicam saudavelmente.
Mas o “Ponto de Partida”, desta vez serve-me só para chamar a atenção para as mistelas que passámos a comer e a beber, bem diferentes dos produtos saudáveis de há quarenta, cinquenta, oitenta anos atrás.
As batatas, rijas e saborosas, são hoje um produto que não aguenta dez dias depois de arrancadas. Antes duravam um ano.
O peixe não tem firmeza, esfarela-se muito, não tem gosto. A carne, cheia de sulfitos fica apetitosa aos olhos, mas se não for bem cozinhada arrepia o estômago. O vinho, também com sulfitos, deixou de ser o néctar dos deuses.
O meu amigo Orlindo perito nestes assuntos de comes e bebes, e que tem boa boca, ainda encontra alguns particulares onde o vinho é de estalo e sem conservantes.
A minha amiga Luísa e o marido, que estão quase com noventa anos, mas parece que têm sessenta, vivem da horta e de uns galinheiros de onde se abastecem. Médicos, enfermeiros e doenças não os apanham, preferem morrer saudáveis.
Que fazer? Que comer? O “Ponto de Partida” levantou o véu.
Confesso que ainda não estou mentalizado para comer grilos. Prefiro ouvi-los cricrilar.
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C.S
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