O ano de 1923 vai ser catastrófico. Desde Janeiro a Dezembro não houve um único mês sem manifestações contra o Governo.
Em Fevereiro a Polícia invade a CGT.
Em Março os padeiros e os metalúrgicos entram em greve. Toda a gente sabe fabricar bombas.
Cinco Bancos vão à falência.
Em Abril dois Juízes e dois industriais são as vítimas escolhidas, além do povo que, muitas vezes morre por ir ver o que se passa. A curiosidade também mata.
O trabalho infantil era geral. Os jovens trabalhavam por quase nada e pelas refeições.
Os boatos são constantes e servem para acirrar o povo a fazer toda a casta de desacatos. O tempo livre é muito e o pai de todos os vícios e loucuras.
A 17 de Julho Fernando Pessoa, António Sérgio. Jaime Cortesão. Raul Brandão e Aquilino ribeiro protestam contra a Censura que obrigou a sair de cartaz a peça de António Ferro “Mar Alto”.
Em Agosto Teixeira Gomes é eleito Presidente da República.
Em Setembro, na Aldeia da Ponte, a GNR, num tiroteio com revolucionários profissionaism mata cinco.
Em Outubro a greve dos ferroviários e dos marítimos do Porto leva a um número enorme de prisões.
António Sérgio, Afonso Lopes e outros escritores propõem uma Ditadura de Salvação Nacional. Carlos Rates, defende uma Ditadura das Esquerdas.
A 15 de Novembro, Ginestal Machado toma posse do trigésimo oitavo Governo. No final do mês manda soltar os presos de S. Julião da Barra. Não havia dinheiro para sustentar tanta gente sem fazer nada.
Cunha Leal, na Sociedade de Geografia, apela a uma Ditadura salvadora de Portugal. Com ele estão Ginestal Machado e Júlio Dantas.
Oliveira Salazar advoga uma contenção de despesas para resolver alguns dos problemas em que o País se encontra. Mas ninguém ouve ninguém, seja da Direita ou da Esquerda.
Em 1924, as greves continuam com redobrada força e os confrontos entre a CGT e a polícia provocam vários mortos e feridos,
Em Fevereiro, o Governo preocupado com o elevado número de casos de sífilis, manda que todas as toleradas e prostitutas façam uma inspeção sanitária regular.
Os funcionários das Finanças declaram-se em greve sem se importarem com as consequências, nem com o prejuizo causado ao País.
Em Maio, a cidade do Porto é entregue ao poder Militar.
O próprio “Diário do Governo” tem de ir à Censura.
Num recontro com a polícia, os Comunistas da Legião Vermelha sofrem três mortos, mas conseguem matar um Polícia.
A indisciplina nas Forças Armadas é total.
Em 5 de Julho a freguesia de Valongo passa a Valongo de Milhais em honra ao célebre Milhões.
O Partido Comunista assalta o Ministério da Guerra e a Central telegráfica. Só por pouco não alcança o poder
As Forças do Governo tornam-se muito mais violentas. Mas a situação do País piora.
A dívida do Estado é enorme.
Na “Seara Nova” , José Rodrigues Migueis declara que a burla das Eleições era miserável e que isso levava à situação em que o País se encontrava.
No Parlamento, Cancela de Abreu, afirma que o País estava entregue a uma quadrilha de ladrões.
O Fascismo aparece como solução possível. O Jornal “Novidades” é contra. Afirma que Mussoline era um oportunista e justificava a afirmação.
Em Novembro a GNR dissolve, à bastonada, uma manifestação comemorativa da Revolução Bolchevista, que já contava na Rússia com centenas de milhares de mortos. Nem Fascismo nem Comunismo eram exemplos a seguir.
José Domingos dos Santos forma o quadragésimo primeiro Governo Constitucional.
Coloque a máscara.O António Costa tomou as suas precauções. Todo o cuidado é pouco. Siga-lhe o exemplo.
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C.S
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