Aquilo que me confunde, entristece e irrita é verificar que Portugal tem gente francamente inteligente e os políticos falham por ninharias incompreensíveis. Umas vezes porque fazem promessas sem saber se as podem cumprir, outras por ganância sabendo que ninguém pode gastar mais do que necessita e o muito dinheiro que sobra faz falta a muitos outros, com a agravante que ainda usam de todos os subterfúgios para roubar milhões como se fossem ladrões analfabetos que atacam por instinto.
Os políticos que quiseram ficar com a República, depois de nove meses a estudar a melhor maneira de orientar o País, em Junho de 1911 ao formar a Assembleia Constituinte com 229 membros, determinaram, alem de outros assuntos, que a República Democrática consagrava o direito de resistência a qualquer Ordem que infringisse as garantias individuais, quando não legalmente suspensas, mas recusou a inserção do Direito à greve no texto Constituinte, depois de nos meses anteriores ter verificado o estado em que as greves estavam a deixar o país. O aviso não surtiu qualquer efeito. O povo, com direito ou sem direito fazia o que entendia, mesmo sofrendo tratos de polé.
A Constituição estipulou que o Presidente da República não teria mais do que uma função representativa.
Os outros artigos, podem sempre encontrá-los na Internet ou em livros nas Bibliotecas públicas, a minha ideia com estes Blogues é preencher o tempo e aumentar o conhecimento em altura de pandemia fechado em casa.
Neste ano aparece uma nova unidade monetária, o escudo, que enquanto vigorou na Primeira República nunca foi aceite pelos outros países, que o consideravam de valor nulo, e que, mais tarde, na Segunda República, Salazar conseguiu que fosse uma das moedas mais fortes do mundo.
Na Primeira República temos vários Partidos: o Democrático, o Evolucionista, o Unionista. O Partido Republicano Português (PRP) que já existia, toma agora o nome de Democrático; umas vezes aparece com uma designação, outras vezes com outra para melhor verificarem qual era aquela que mais agradava ao povo.
Muitos edifícios pertencentes à Igreja passam para as mãos do Estado que aí instala serviços públicos; Escolas, Finanças etc.
È criado o Museu Nacional de Arte Contemporânea.
Para impor a Ordem são incentivados os Batalhões de Voluntários, a quem o Governo não pagava nada. Tinham instrução militar nos quartéis aos Domingos de manhã.
Os Sindicatos foram sempre as suas vitimas preferidas. Os batalhões de voluntários eram formados na sua maioria por Carbonários especializados em dar sovas a quem falasse mal do Governo instalado no poder. Na prisão do Aljube os presos viviam em situações degradantes. Qualquer contestação feita pelos familiares, fora das grades da prisão eram imediatamente sufocadas pelos militares e pelos catbonários sempre à cacetada.
Mas se havia um tempo de acalmia, soldados e Carbonários aproveitavam para lutar uns contra os outros e assim definirem os terrenos a que tinham direito para espancar os cidadãos.
Os dirigentes Sindicais eram os mais apetecidos porque às vezes davam luta. Quando acusados de agitação contra o Governo eram perseguidos e depois de bem sovados, muitos foram enviados para as Colónias.
As greves não param e as bombas também não. O desmprego aumenta a fome e a miséria cresce com o fechar das fábricas onde os operários, inconscientemente, passam o tempo a discutir ps seus direitos, em vez de perceberem que sem trabalho não há direitos para ninguém.
Mas nos quartéis a indisciplina era semelhante ou pior. Os oficiais têm mais medo dos soldados do que os soldados deles.
A População Portuguesa anda pelos cinco milhões e quinhentos mil habitantes, a maioria a viver muito abaixo dos limites da pobreza.
Desde a implantação da República, entre 1910 e 1911 foram registadas 237 greves, a maioria com vários dias de paralisação.
A Europa olha Portugal com desprezo.
Coloque a Máscara. Os Vírus estão a pensar fazer férias em Portugal.
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C.S
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