Venho de um tempo em que se partiu do nada e se teve tudo.
Estou num tempo em que se teve tudo e se voltou ao nada.
Mas não me lamento. O prazer de resolver as grandes dificuldades está nos genes dos portugueses. Nasceu com a nacionalidade, continuou com as descobertas dos Novos Mundos, aguçou-se com a curiosidade de os conhecer e explorar, até chegar à Primeira República que tudo ia deitando a perder, ao Estado Novo que tudo recuperou e engrandeceu, até que chegámos ao estado em que nos encontramos, dependentes dos humores de Bruxelas, cujo conglomerado de muitos países e opiniões encantou os que nunca trabalharam e julgaram encontrar ali uma nova Índia ou um novo Brasil.
O que dá mesmo prazer, imaginação, um gozo imenso é o trabalho e o carinho da mulher amada. Com estas duas forças não há casa sem recursos nem país pobre.
Salazar vindo da terra das dificuldades teve a perceção exata do que tinha de fazer quando convidado pela Ditadura Militar a assumir a pasta das Finanças, onde não havia nem um tostão para mandar cantar um cego.
Salazar só pediu confiança na sua inteligência e na sua honestidade para tirar Portugal da miséria em que se encontrava.
E o povo acreditou e cooperou quando ele perante a situação catastrófica em que o país se encontrava, com a voz embargada pela comoção, avisou: “Todos os sacrifícios são necessários”.
E que sacrifícios eram esses? Muito trabalho, tudo devia ser poupado e reutilizado até ao fio, investimento produtivo, obras, sempre terminadas nos prazos estabelecidos e grande qualidade em tudo quanto era fabricado.
Hoje, António Costa tem um país diferente, com outras possibilidades de ser recuperado mais rapidamente e ganhar um ritmo que nunca mais possa ser abrandado.
A rispidez e a dureza da Alemanha quando se zanga e questiona por que Portugal não tirou partido de todo o dinheiro enviado pela União Europeia, deve-se à maneira como sempre recuperou das duas guerras que perdeu e que ficou reduzida a escombros. O trabalho e o bom senso fizeram a Alemanha da abundância e do bem-estar.
António Costa, em vez de sangrar o Governo, e distribuir o que não tem, deve incitar ao trabalho, à qualidade, à calma e não à demagogia.
Sugiro-lhe que oiça no portal www.rtp.pt em Conversa Capital, de ontem, a entrevista da Antena1 e do Diário Económico a Abel Sequeira Ferreira.
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C.S
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