O ano de 1925 repete a desgraça dos anos anteriores. Milhares de operários desempregados são corridos à coronhada e à bastonada pela polícia e pela GNR. Há mortos e muitos feridos.
João de Deus Ramos afirma que os grandes problemas do país são o desemprego e a mendicidade. Mas pensa que tudo deriva da falta de instrução e cultura.
A inflação atingiu níveis incomportáveis e as revoltas são diárias.
Só existem duas classes, uma minoria de muito ricos e uma maioria de gente muito pobre.
O Governo proíbe a exibição de filmes contrários à moral e aos bons costumes.
A Guarda-fiscal é desarmada por decisão governamental.
O défice da Balança Comercial rondava os 80%. A situação financeira era desesperada.
A 18 de Abril dá-se o Golpe dos Generais a que se juntam alguns civis. Salientam-se Filomeno da Câmara, Sinel de Cordes, Freire de Andrade, Jaime Baptista, Raúl Esteves, Pequito Rebelo, Carlos Malheiro Dias, Antero de Figueiredo, Martinho Nobre de Melo e outros.
O Governo só perde o lugar quando quer e demite o ministro da Guerra, Vieira da Rocha, que pretende uma conciliação com os revoltosos.
Em Maio, o comandante da polícia, Ferreira do Amaral, é gravemente ferido pelos comunistas da Legião Vermelha. Este ato nunca mais lhes é perdoado e segue-se uma perseguição implacável contra estes criminosos.
São deportados, para a Guiné, dezenas de presos sem julgamento.
A vida torna-se impossível. Em lisboa rebentam mais de trezentas bombas e morrem dezenas de pessoas tanto civis como militares.
Como não há dinheiro, todos os comerciantes imprimem talões que servem para os trocos. Isto vai dar ideia a Alves dos Reis de cometer uma burla monumental.
Como o país vivia em caos permanente, Alves dos Reis consegue fazer imprimir em Inglaterra, na casa Waterloo & Sons, uma duplicação de notas. Com esse dinheiro funda o banco Angola e Metrópole e inunda o país de dinheiro. Faz muitos comerciantes felizes. Foi uma burla sensacional e que só foi descoberta seis meses mais tarde.
O país cai a pique. Viajar no país só de comboio. As estradas são péssimas. Lamacentas e intransitáveis no Inverno e poeirentas no Verão. O jornal “A Época” chamava a esta Democracia, a Ditadura da Incompetência.
Tenta-se mais uma greve geral, mas poucos aderem. Já ninguém acredita que as greves resolvam o que quer que seja.
Os juízes andam aterrorizados. Ser juiz tinha passado a ser profissão de alto risco.
A “Voz Sindical” de Setúbal grita aos quatro ventos que “O Povo odeia os políticos”.
Era o começo do fim da Primeira República que tinha sido um somatório de idealismo, instabilidade, ignorância, eleições fraudulentas, as chamadas chapeladas, prisões arbitrárias, caos e crimes hediondos.
C.S
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