Com a serenidade própria de um Homem preocupado com o seu tempo, Ramos Horta, não hesitou nas palavras sobre o conflito Angola-Portugal.
“A Justiça não deve esquecer que faz parte do Estado, e além da Justiça há os interesses do Estado, os interesses nacionais que é preciso preservar”.
Homem de inteligência superior, conhece a vida e os seus pormenores. Avesso a aparecer em público só o faz quando é fundamental dar uma opinião pensada maduramente e destinada a ser ouvida e meditada por quem, julgando-se deus do Universo, comete erros mesquinhos que podem sacrificar povos unidos por relações fraternas de séculos de saudável convivência.
Ramos Horta salienta que “Tensões políticas há sempre entre os melhores amigos”, mas isso não obsta a que elas sejam ultrapassáveis quando os interesses dos povos são maiores do que as quezílias que os motivam.
Ao afirmar que “nenhum país pode ser justiça para todos”, Ramos Horta vinca bem que todos os assuntos da Justiça devem ser pensados,com coerência, para não ser transformados em grandes dificuldades para os povos das nações em litígio.
Este assunto que já leva tempo demais e causa imensos prejuízos, tanto a Portugal como a Angola tem preocupado dezenas de milhar de portugueses que não compreendem este braço de ferro de um e de outro lado, quando o assunto ficou esgotado quando o Estado Angolano chamou a si a resolução do problema.
Ramos Horta, sabiamente alerta:
“É importante também que do lado da Justiça em Portugal saibam até onde podem intervir em matérias que têm a ver exclusivamente com a jurisdição de outro Estado.”
Muitos portugueses ainda ficam muito vexados quando perdem a face, mas não é motivo para tal. Insistir em assuntos que há setenta anos todos os Estados resolviam de maneira diferente. Não é motivo para insistir nessa fórmula. O mundo passou a andar mais rápido. Mudou as regras do comportamento..
O motor da Era Digital subverteu quase todos os padrões e, não há mais nada a fazer, do que repensar tudo, desde a Justiça à Segurança Social.
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C.S
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