Se há homens, cujo respeito, admiração e amizade criaram em mim o sentido de confiança no mundo, o Senhor Santos foi um deles. Mas a esposa, a D. Sílvia, não lhe ficava atrás.
Eram duas almas gémeas de amor e trabalho que inteligentemente deram ao filho, o Dr. António Manuel Lourenço dos Santos, a possibilidade de frequentar o melhor Estabelecimento de Ensino em Portugal, trabalhar na Embaixada de Portugal em França, e ser, mais tarde, Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros em Portugal.
Tive a felicidade de lidar, durante muitos anos com o Senhor Joaquim Dias Santos e com a D. Sílvia. Eles tratavam os meus filhos como se fossem seus netos. E eles adoravam-nos. O Senhor Santos e a D. Sílvia tinham o saber do amor que liga os seres humanos de maneira natural.
Ia principiar a escrever um Blogue bem diferente, quando um dos filhos me ligou. Ao ter conhecimento que o Senhor Santos tinha falecido não consegui reter as lágrimas. Quero deixar-lhe aqui a minha sentida homenagem.
Vou ao funeral com o coração a sangrar de dor. Mas é assim a vida. Concede um tempo curto para que as sementes da bondade e do amor ganhem raízes só até à casa dos noventa anos.
A D. Sílvia tinha partido antes. Foi doloroso.
Eu que andei sempre à procura do sentido do mundo e desiludido me questionei frequentemente por que razão tinha nascido, muitas vezes, no desespero da falta de respostas, lembrava-me destes dois queridos amigos que o tempo arrebatou, e acalmava.
A vida era capaz de valer a pena.
Para o Dr. António Lourenço dos Santos o meu abraço de grande amizade.
C.S
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