Os portugueses são dos povos com mais talento em todo o mundo. Não digo isto nem para levantar o ego, nem por patriotismo, nem porque estamos a passar uma situação de crise muito grave.
Andámos quarenta anos a gastar sem cuidar de poupar, investir, produzir.
Isto aconteceu primeiro, porque a pesada herança de Salazar e Marcello Caetano, com as 847 toneladas de ouro armazenadas e mais de cem milhões de contos não foram investidos por falta de gente que os reproduzisse. A seguir vieram biliões de euros. Ainda continuamos a receber nove milhões por dia.
Apesar das três bancarrotas que sucederam tudo parecia correr nos melhores dos mundos.
A União Europeia insistia que estávamos a viver para além das nossas possibilidades. Como quem diz: vocês são uns parasitas e aquilo que querem é folia e viver à custa da Europa que trabalha.
Os portugueses raramente são parasitas, embora depois do 25 de Abril muitos se tenham aproveitado da fragilidade de todos os Governos e da imbecilidade dos primeiros cinco. O único que tem sido mais duro é este último, mas por imposição de Bruxelas ao dizer frontalmente: ou vocês aceitam a nossa orientação e a supervisão da Troika ou não recebem mais fundos. A partir daí acabaram as superveniências para pagar as greves. Quem as faz sujeita-se às consequências depois de Bruxelas fazer contas.
Mas há sempre capitalistas que continuam a querer mais e a não se importar com as consequências do que isso representa para o povo. Veja-se a greve dos pilotos. Ganham milhares de euros e deram um prejuízo ao país de cinco milhões de euros porque exigem mais regalias.
São indivíduos como estes, que têm ordenados muito acima do salário mínimo, que leva Bruxelas a pensar que estamos a viver para além das nossas possibilidades e com a agravante de as greves deitarem para o lixo centenas de milhões de euros que fazem falta a quem ganha pouco.
Há uma certeza: o povo português tem imensas capacidades e muito talento. Existe em todas as classes sociais.
Podemos sair da péssima situação em que nos encontramos se lançarmos mãos à inteligência e ao trabalho.
A cidade de Torres Novas foi das que mais sofreram pela loucura que devastou o país.
Uma das maiores fábricas, depois de muitas paralisações foi à falência. Foi comprada por um estrangeiro.
A fábrica está em franco progresso.
O braço direito do Administrador é um operário que não terminou o curso industrial porque as escolas fecharam, mas é um homem excecional. Sob a sua supervisão estão engenheiros, arquitetos e restantes trabalhadores.
Todos temos talento. É necessário saber aproveitá-lo não só quando as dificuldades apertam, mas em todas as situações, para que a humilhação que sofremos em 2011 não volte a acontecer.
C.S
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