Jorge Jesus coçaria a cabeça antes de responder no Portugalex e, meio hesitante, diria: bem, como diz o Tratado Ortopédico, com este acto não sei se ato nem desato o que os gregos desejam, se calhar ainda não entenderam o que os prestamistas querem: as calças ou a vida.
Só sei é que este nó górglio (górdio, emenda o Portugalex). Não, não; diz o Jesus. É górglio porque eles estão presos pelos gorgomilos e com o baraço ao pescoço, os gregos têm de dar tudo àquela da fámi (FMI, emenda o Portugalex), não, não; fámi porque vão passar fome de cão. Eu sei que é fámi, famine. No Tratado Ortopédico vem lá tudo do confusio (Confúcio, emenda o paciente Portugalex). Não, não; insiste Jesus. É confusio porque aquilo é uma confusão do camandro, mas os sábios é que sabem, e eu vou sempre com quem saber mais que eu.
Pelo extrato que ouvimos, lendo o sábio que encontrei mais à mão; a situação é mais grave do que a tragédia grega preparada pelos dois trágicos dos nossos dias, Alexis Tsipras e Yanis Varoufakis.
Tenho seguido com interesse e preocupação a luta destes dois gigantes, contra dezoito monstros que defendem a caverna, com uma capacidade dialética invulgar para salvar o povo das grandes dificuldades que se adivinham.
Tsipras e Varoufakis mostram bem o génio de Ésquilo ou de Sófocles que há mil e quinhentos anos fixaram o teatro grego e deram ao mundo peças magistrais como “Os sete contra Tebas”, “Agamemnon”; “Édipo rei” “Antígona” e outras de igual força, magistrais, e de quem estes dois lutadores, em defesa do povo, herdaram os genes.
Mais do que esta insistência dos usurários imporem regras inadmissíveis, em oposição a outras apresentadas por Tsipras e Varoufakis aquilo que também me preocupa é que a Europa e o FMI ao ficarem obcecados com a dívida grega estão a descurar totalmente a sua defesa perante o Estado Islâmico que depois de todos os erros cometidos pela Europa e pelos Estados Unidos ao atacarem e desorganizarem Estados estabilizados como o Iraque, a Líbia e a Síria, o EI avança, salta o Norte de África ataca no coração da Europa, dá sinais do que pretende fazer e os Governantes Europeus e o FMI, quais avarentos sem ideias alternativas, aprontam-se a morrer agarrados à cobiça.
Este vai ser também o terceiro ato da tragédia Europeia.
C.S
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