Aquilo que me dá mais gozo é vencer as grandes dificuldades. A última tem-me dado água pela barba.
O Corona, pela sua inesperada aparição, veio dar outro colorido às dificuldades, passou a dar-me outras perspetivas para desanuviar o sufoco de quem durante mais de vinte anos não pediu a Reforma por pensar que assim ajudaria os portugueses, com dificuldades.
O Corona fez-me ver que tinha cometido um erro. A vida dá muitas voltas e nunca se sabe o que pode acontecer.
Entre o aflito e o despique com as dificuldades, vamos ver se o Corona não me visita e me deixa frustrado por não ter sido capaz de vencer a força do imprevisto.
Entretanto tenho posto papéis em ordem, alguns com dezenas de anos, já a cheirar a bafio e que eu tinha quase esquecido.
O Corona veio lembrar-me que além da limpeza do corpo e da lavagem constante das mãos, a casa deve cheirar a lavado e a saúde mental enfrentar os problemas da vida..
Eu pensava que a minha lavagem constante das mãos, que filhos e netos julgavam mania doentia era fruto de alguma pancada. Talvez. Quando nasci, segundo minha mãe, saí disparado quando ela se levantou da cama. Aterrei de cabeça num daqueles tapetes de quarto ainda com muitos pelos.
Minha mãe tinha o hábito de me dar banho todas as vezes que eu, nas brincadeiras com os meus amigos aparecia com manchas nos calções ou na blusa.
Julgo que nunca me livrei de três banhos diários; daí o meu vício pela água e pela limpeza.
Nada pois, melhor para desgostar o Corona, que limpeza total e ao pormenor, porque o Vírus parece estar disposto a passar o Verão em Portugal, para testar as nossas capacidades de resistência.
Espero que desapareça desiludido. Por mim vou nos 84 e viverei até me apetecer, embora já não me apeteça muito porque não vejo os meus concidadãos felizes.
Lutei desde sempre para que eles fossem tão felizes como eu, e fico triste e muito aborrecido se parto e não vejo Portugal e todos os portugueses orgulhosos da sua história, dos seus antepassados, com os filhos e netos nas Escolas do Básico, nas Universidades, nos Politécnicos e admirados por todo o mundo que encontra em Portugal um País harmonioso, solidário e fraterno com todos os outros povos.
O Corona é mais um alerta para todos os que andam distraídos com os inadaptados da vida ou com aqueles que ainda pensam que o estudo, o saber e o conhecimento é uma perda de tempo.
Na verdade, muitas vezes me convenci que os portugueses sabiam fazer tudo. Que a sua habilidade e saber eram inatos.
Durante a Guerra Civil Espanhola, 1936-1939 e a Segunda a Guerra Mundial, 1939-1945 os portugueses inventaram a sobrevivência. Quem estudar aquela época verificará o que foi feito. Salazar conseguiu transformar a miséria em riqueza e a tristeza em alegria.
Foi um tempo difícil, mas muito feliz. Eu convenci-me que não havia impossíveis. E não há.
Algum cuidado, limpeza, trabalho e invenção não haverá vírus que vença os portugueses. O Corona já compreendeu isso; mas é necessário não facilitar.
Siga as regras indicadas pela Ministra da Saúde. Não tenha medo nem perca a calma.
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C.S
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