Tal como acontecia com as Casas do Povo, o mesmo se passava com as Casas dos Pescadores.
Salazar, enquanto não encontrava o Homem certo para entregar tarefas que não podiam falhar era ele próprio que estudava tudo ao pormenor, ouvindo simples marinheiros e comparando sugestões.
Enquanto não arranjou dinheiro para ter um navio hospital de apoio, aos pescadores do bacalhau nos mares da Terra Nova e da Gronelândia, não descansou. Assim aparece um dos mais modernos hospitais do Mundo, o Gil Eanes.
Ao Primeiro-Tenente Henrique Tenreiro confiou Salazar o apoio a todos os pescadores.
Desde as Casas dos Pescadores, com a ajuda da Junta Central dos Pescadores, estes trabalhadores do mar e as famílias tinham suporte quase ilimitado, bairros com boas casas a que tinham direito ao fim de 30 ou quarenta anos, com uma renda simbólica, a assistência médica e medicamentosa, colónias de férias para os filhos, e Casas de repouso e Lares para os mais idosos.
Os trabalhadores recebiam o agradecimento de um País que eles alimentavam depois de vários anos de fome e vida miserável.
Salazar sabia que o mundo rural e o mar podiam salvar Portugal. As outras fontes de rendimento eram escassas; para as fazer funcionar tinha de fazer dinheiro que não existia.
Para aumentar as capacidades de todos usou a Escola, mais cedo do que teria pensado. No mundo rural a tarefa foi complicada. Muitas vezes os professores tinham de ir buscar os alunos e convencer os pais que era para seu benefício: eles diziam que sim, mas os filhos faziam-lhes falta para o trabalho e não apareciam.
Com os filhos dos homens do mar foi diferente: entusiasmados para irem, mais tarde trabalhar com os pais, foram criadas Escolas, essencialmente técnicas, com três graus: rudimentar, elementar e profissional, a que os jovens se aplicavam entusiasmados, chegando rapidamente a profissionais.
Havia escolas na Ericeira, Nazaré, Portimão, Porto, Póvoa de Varzim, Setúbal, Viana do Castelo, Vila do Conde, Matosinhos, Tavira, Funchal, Horta, Ponta Delgada e Lisboa, que estava sempre cheia.
Salazar ao garantir a mais de sessenta mil Homens do mar e a suas famílias uma total e eficaz assistência tinha a certeza que esta confiança seria multiplicada muitas vezes e faria pensar os outros milhões de portugueses que voltavam a acreditar nos Governantes, e na força mental e de trabalho de Salazar que comia sardinhas como eles, feijão pequeno e um copito de vinho tinto, que também, segundo ele, “beber vinho dava de comer a um milhão de portugueses.”
Salazar tinha a mesma boca que eles e os mesmos gostos. Tinham de trabalhar para bem de Portugal. Podiam acreditar no Homem.
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C.S
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