A Antena1 tem nas quartas-feiras um mesquinho ignorante. Regouga sem nexo sobre o Professor Oliveira Salazar, que valia mais num só pintelho do que o palrador do programa “Fio da Meada”, em todo o seu corpo, incluindo a mioleira que, pelo que diz, ferve em óleo requentado.
No programa de quarta-feira onde voou por vários assuntos voltou-se contra Salazar, culpando-o, como fazem outros ignorantes, por punir o Cônsul Aristides devido aos muitos passaportes passados a judeus.
O primeiro esclarecimento é que o Cônsul só é advertido que não devia continuar a passar passaportes depois de um judeu ter denunciado o que estava a acontecer. Aristides de Sousa Mendes tinha-lhe cobrado coiro e cabelo pelo trabalho.
O nome do Judeu é por demais conhecido e não acredito que este mesquinho seja tão ignorante que o desconheça.
Segundo, o irmão do Cônsul era bastante amigo de Salazar e tinha sido seu Ministro.
Terceiro, este ato público era suscetível de trazer graves consequências para Portugal; sendo um país neutro, a Alemanha podia declarar guerra e invadir Portugal.
Quarto, eu trabalhei no Consulado em Paris, ainda na Avenida Kléber, perto do Arco do Triunfo.
Quinto, o Vice-Cônsul João Carvalho da Silva, foi o único Português que ficou a tomar conta do Consulado e a fazer todos os despachos, incluindo passaportes.
Sexto, João Carvalho da Silva, homem pequeno, mas de uma energia imensa e alma grande, como sabia que eu estava a fazer um estudo sobre as condições sociais em que viviam os mais debilitados em Paris, a meu pedido falou-me do que aconteceu entre 1939 e 1945. Uma das coisas que ele me referiu foi que o Cônsul e o Embaixador, numa reunião, antes de abandonarem Paris, lhe recomendaram que fizesse tudo para facilitar a vida aos judeus, mas com os cuidados próprios de quem sabia o perigo para a Nação Portuguesa. A ordem tinha vindo do Presidente do Conselho, Professor Oliveira Salazar, através do Embaixador que tinha reunido com ele em Lisboa, assim como todos os outros Embaixadores que aí se puderam deslocar. A finalidade era transmitir uma ordem oral nesse sentido.
No Palácio das Necessidades havia uma descrição minuciosa sobre o Cônsul Aristides Mendes. Foi rasgada por gloriosos tipos do mesmo calibre deste opinativo que vive a soldo da Antena1, nas quartas-feiras.
Com gente vivendo o ódio do engano permanentemente, só um santo não perde a paciência.
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C.S
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