As atitudes dos Estados Unidos da América são de tal maneira contraditórias que, para as entender e lhes dar a resposta, seriam necessários, pelo menos dois psicólogos, junto de cada chefe de Governo dos outros países para analisar os atos que saem daquelas cabeças e evitar a aceitação de propostas que vão dos procedimentos mais altruístas às posições mais bárbaras e desumanas.
Quando os Estados Unidos se encontram em dificuldades económicas recorrem frequentemente à venda maciça de armamento militar, mesmo a grupos ou países que são um perigo para as regiões onde se encontram. Eles vendem porque sabem que podem destruir tudo quando entenderem e entretanto já receberam o pagamento do material de fogo e morte.
Salazar não gostava de negociar com eles e evitava quaisquer dádivas.
Eu também nunca consegui aceitar a sua maneira de proceder. E tenho grandes amigos americanos. O padrinho dos meus filhos é americano e ofereceu-me tudo para ir para os Estados Unidos. Não aceitei. Sentia-me tremendamente livre e feliz em Portugal e não trocava essa felicidade pelos milhões de dólares que receberia.
Em 1965 quando foi padrinho já eu tinha dado umas voltas pela Europa das grandes liberdades, França, Inglaterra, Alemanha, para não citar outros países, e era bem mais livre em Portugal do que em todos eles.
Aconselho a estudar o assunto, sem facciosismo, e chegarão à mesma conclusão. Portugal era um País totalmente livre, onde havia autoridade e qualidade de vida.
Peço desculpa. Aquilo que eu queria chamar a atenção era sobre o último Tratado Transatlântico de Comércio e Investimento entre a União Europeia e os Estados Unidos da América.
Os resultados para Portugal começam mal. Perdemos já uma parte do mercado russo que nos valia mais de 50 milhões de euros.
O Centre for Economic Policy Research diz que vamos ter vantagens.
Não acredito, embora espere que o conflito latente entre os EUA a Europa e a Rússia não atinja o ponto sem retorno.
A Europa já mostrou a sua fragilidade ao poder embarcar numa guerra que começou nas frutas e legumes. Vital Moreira estima que os nossos tomates perderão 250 milhões de euros.
Por outro lado a Indústria Farmacêutica, os fertilizantes e a aeronáutica necessitam de tantas exigências legais para se implantarem nos EUA que os gastos não cobrirão os lucros.
Como a juntar a todas estas dúvidas se sabe que este acordo tem tendência a privilegiar as multinacionais em detrimento dos Estados, Portugal está feito porque é obrigado a andar a reboque do resto da Europa que não tem líderes à altura para compreender que está prestes a ficar refém dos EUA que nunca deram nada a ninguém sem ter o seu retorno.
Para já, ficamos sem tomates. E ainda a procissão vai no adro.
C.S
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