Estou convencido que o trabalho é um dos pontos principais de equilíbrio do ser humano.
As doenças são alérgicas ao trabalho tal como os parasitas que se matam por não fazer nada e vivem à custa de espertezas que os envelhecem rápido e os despacham cedo.
A outra força que mantem a saúde é o sabor do tempo. O ser humano deve absorver o frio e o calor com naturalidade. Se está calor, a diminuição de roupa, a água e a sombra são preferíveis aos ares condicionados e às ventoinhas, que mal colocadas o fazem espirrar e lhe roubam potência. Têm de ser orientadas de modo a não causar danos.
No inverno, uma manta nas pernas resolve muitos problemas de frio.
Salazar que tinha fama de ser um poupado sem vergonha, sempre que recebia no seu gabinete de São Bento, alguém importante, mas com quem ele gostava de trocar ideias sem seguir os protocolos, mal começava uma conversa, que duraria duas ou três horas, quando o interlocutor se sentava oferecia-lhe imediatamente uma manta para colocar nas pernas.
Um deles respondeu-lhe que não tinha frio.
Salazar, com aquela vozinha de feroz e perigoso ditador respondeu-lhe:
“Ponha sempre, que o frio logo chega”.
Grão a grão o Ditador encheu os cofres de Portugal. Não consta que tenha enchido o seu. Numa auditoria às suas contas tinha a enorme fortuna de duzentos contos. Também para o Inferno, de que ninguém se livra, não há registo que aquela quantia ou outra qualquer faça falta a tanto usurário que morre de pote cheio e coração vazio de afetos e solidariedade.
O ser humano pode ter uma vida longa. Nós temos no corpo todas as mezinhas para o manter saudável se evitarmos as quedas das cadeiras, os desastres de automóveis e outras distrações.
Num livro publicado em 1990 eu já tive o desplante de afirmar que o ser humano poderia viver até aos duzentos pois o corpo vem cada vez melhor equipado para atingir essa idade.
O problema é que uma boa parte das pessoas começa a estar farta de viver, começa a ficar saturada de tanta confusão e deixa de ter interesse por aquilo que a rodeia, tenha ela mil euros por mês ou um milhão.
Pequenos cuidados, espírito sempre ativo, compreender que receber políticos na sua casa não é o mesmo que entrar nas suas guerras é política.
Boas leituras e trabalho esticam a vida a perder de vista.
Não acreditam? Experimentem.
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C.S
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